NÃO É RECOMEÇAR, É SE ADEQUAR
BOM JESUS DO GALHO – A pandemia do coronavírus fechou vários estabelecimentos comerciais. Mas alguns empreendedores não precisarão recomeçar em 2022, pois souberam se adequar nesse ano. Como é o caso de Soliane Clemente Faria, 28 anos.
Ela integra o grupo de mulheres que cada vez mais estão à frente de negócios, afinal o empreendedorismo feminino nunca esteve tão em evidência. Nesse cenário, a participação das mulheres nos negócios aumenta consideravelmente a cada ano. Uma pesquisa feita pelo Sebrae com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao terceiro trimestre de 2020, mostra que em Minas Gerais conta com 771,4 mil empreendedoras.
E essa adequação feita por Soliane tem como base confeccionar seus próprios produtos, desta forma fazer com o que o cliente se sinta exclusivo. E em tempos de pandemias, ele soube usar uma forte aliada: as redes socais.
Mas nada ocorre por acaso, Soliane tem vasta experiência em comércio e cursou Administração. Ela nos conta como não precisou recomeçar e como foi feita toda essa adequação. Tem ainda sua principal receita: amar o que faz.
Você tem experiência em vendas, já trabalhou em comércio. O que lhe motivou a abrir seu próprio negócio?
Amor ao que faço. Amo a área de vendas e negociações. E quando resolvi abrir o meu próprio negócio, além de fazer o que amo, vi uma chance de fazer com que minha família obtivesse uma oportunidade de renda também, através da valorização cultural que faço no meu próprio negócio.
É indiscutível buscar orientação profissional para abrir um negócio. Você é formada em Administração. Como sua formação lhe ajudou nessa empreitada?
Em todos os requisitos, uma vez que, no meu ponto de vista, ter e procurar obter mais conhecimento no nicho de atuação é sempre um ganho a mais.
Como a pandemia afetou seu estabelecimento comercial? Houve algum momento em que pensou em fechar as portas?
Trabalho com muitas variedades, inclusive bijuterias e percebi sim uma queda de vendas nessa sessão, devido à ausência de festas na região. Porém em momento algum pensei em “fechar as portas”. Sempre há uma solução.
Quais as adequações você fez para manter o estabelecimento em funcionamento?
Além das exigências estabelecidas pela Vigilância Sanitária, sempre trabalho de acordo com o que o cliente necessita, prezando muito pelo bom atendimento, qualidade e preço justo.
Alguns dos produtos que são vendidos em sua loja são feitos por você. Como é seu processo de produção?
Minha família toda é artesã (eu, pai, mãe e irmãos). Então, temos uma relação muito familiar de trabalho conciliado com as vendas. Esteiras, bolsas, balaios, cestarias, tapetes, panos de prato, porta lápis, conservas, bonecas, sabão, peneiras, são alguns exemplos de inúmeros artesanatos que são todos confeccionados por nós, de forma 100% artesanal.
E a questão das redes sociais. Como você as utiliza para divulgar seus produtos e incrementar as vendas?
Criei o perfil @solianevariedades para melhor divulgar fotos e vídeos dos produtos, além de ter mais uma opção de atendimento ao cliente.
Em relação ao natal e fim de ano, quais são suas expectativas de vendas perante ao cenário econômico que estamos passando?
Sempre tenho uma expectativa boa e na maioria das vezes são superadas de forma positiva, o que também nos motiva perante esse desafio diário que estamos vivenciando, sendo necessário também que projetamos e realizamos estratégias de vendas para que possamos passar por mais esse desafio.
E para quem quiser conhecer a loja, qual é o endereço?
Loja Soliane Variedades, fica localizada na cidade de Bom Jesus do Galho, ao lado do hospital.
Qual conselho você dá para alguém que quer empreender?
Se você sonha, você pode realizar.
