Moradores do Santa Zita acionam autoridades temendo deslizamento de rocha na encosta da Pedra Itaúna

Moradores temiam deslizamento de rocha

Após vistoria, Defesa Civil concluiu que não há indícios de movimentação

CARATINGA- Moradores da Rua Rita de Cássia Tassar, no Bairro Santa Zita, acionaram bombeiros e Defesa Civil, para verificar a condição de uma rocha na encosta da Pedra Itaúna. Na manhã desta segunda-feira (21), o cenário era de temor que a rocha se desprendesse da encosta, atingindo residências.

Conforme apurado pelas autoridades, a preocupação dos populares se deu devido a “rumores de fonte desconhecida”, de que a rocha estava se partindo. Uma vistoria foi realizada pela guarnição dos bombeiros militares juntamente com uma equipe da defesa civil municipal. No entanto, foi constado que, no momento da inspeção, a rocha não apresentava risco de deslocamento.

Moradores temiam deslizamento de rocha

O DIÁRIO conversou com alguns moradores, que relataram a apreensão, antes da chegada das equipes, como é o caso de Lídia Dutra. “A população está muito preocupada com essa pedra, que está “embicada” para nosso bairro, tem pessoas que já nem dormiram essa noite de preocupação. Depois que houve um trabalho da Cemig lá que isso foi visto, que essa pedra está muito superficial, não tem nada segurando ela, pode descer de uma hora para outra e não fica nada aqui não. Somos leigos, mas, a gente acha que vai parar lá embaixo no rio”.

Lídia relatou quadro de desespero por parte da comunidade, até que as autoridades fossem acionadas. “Nossos filhos, nossos parentes, não querem nem que a gente fique aqui, querem que a gente largue a casa e vá embora, mas, não é assim, temos que recorrer primeiro a quem pode nos valer. Não adianta eu sair e meu vizinho não sair, as coisas aqui são coletivamente, temos que torcer por todos. A Cemig colocou poste lá há poucos dias, removeram a terra, mexeram, então precisamos da vistoria”.

Bombeiros e Defesa Civil não constataram riscos de movimentação

Célia de Fátima, que também é moradora da localidade, acrescenta que eles aguardavam naquela manhã a vistoria para que tivesse um posicionamento profissional sobre o assunto, o que aconteceu por volta de 11h30. “Acionamos as autoridades para a vistoria. Nossa grande preocupação é que aparentemente ela está bem solta, muitas residências próximas. É uma área turística, somos leigos, queríamos que alguém tranquilizasse a população, com conhecimento na área, para fazer essa análise”.

Durante vistoria, as equipes passaram por uma trilha e acessaram o local. “Trata-se de uma rocha a aproximadamente 45 metros de altura na encosta em relação ao solo e, aproximadamente, 150 metros de distância da residência mais próxima, com a área exposta de aproximadamente cinco metros de diâmetro por seis metros de comprimento”, informaram.

A inspeção da Defesa Civil apontou que não havia sinais ou indícios iminentes de movimentação, deslocamento ou desprendimento da rocha. Foi feita coleta de fotografias e demais dados para confecção de relatório.

Os bombeiros apoiaram a Defesa Civil nas orientações à população sobre a situação da rocha e também quanto às ocorrências referentes ao período chuvoso. Outra orientação foi que, se os populares verificassem alguma situação atípica ou insegura da encosta, acionem o 193 (Bombeiros) e 199 (Defesa Civil).