Direito de resposta
Na edição do dia 4 de fevereiro, o DIÁRIO publicou a matéria “Estudo aponta que maioria das autoescolas de Caratinga não atingiu limite mínimo de aprovação nas avaliações de legislação de trânsito”. O representante do Centro de Formação de Condutores Vitória entrou em contato com a redação e solicitou direito de resposta, que é reproduzido abaixo.
“Um candidato a fazer prova prática as vezes vem para seu exame na parte da manhã e sai muitas das vezes após 17 horas, e muitos são moradores de zona rurais que ainda não tem como mais no dia retornar para sua residência por falta de transporte noturno! A coisa é bem mais complexa do que se coloca aqui! CFC, aluno, não estão no contexto para não atingirem seus objetivos! Mas não dependem só do que se ensina, o que é praticado, e sim o momento único da avaliação! Se serve como exemplo: vários e vários alunos treinam e aprendem a usar o cinto, a ter a viseira do capacete fechada, mas na hora do exame esquecem por afobamento, medo, e nos responsabilizar por isso é no mínimo falta de bom senso!
Como se fosse nós os responsáveis pela aprovação de candidatos! O IDH infelizmente de nossa regional é ruim, o que dificulta o aprendizado, principalmente na parte teórica! E com relação a parte prática vale ressaltar que a avaliação em meu ponto de vista de 30 anos no mercado, depende não apenas do que se foi ensinado ao candidato e sim o critério avaliativo dos responsáveis, o que dificulta, pois, o mesmo pense para o lado na minha opinião subjetiva! Não há o que se cobrar dos CFCs! Somos uma empresa que presta um serviço público para o estado, porém não somos os avaliadores! E tem uma máxima: “treino é treino e jogo é jogo!”. Impossível para nossa profissão garantir que serão ou não aprovados! Como se não bastasse a carga horária exigida hoje não corresponde a algo que será eficiente e eficaz! Talvez se o estado baixasse seus valores cobrados, o candidato teria maiores condições financeiras para adquirir mais conteúdo prático! Mas sempre será assim, alguém tem que ser responsabilizado por isso!
Aprender a dirigir é muito mais complexo e há de se levar em conta as dificuldades peculiares de cada aluno. Às estatísticas apresentadas não mencionam a quantidade de alunos apresentados, o que interfere muito no índice apresentado. Temos CFC que estão no mercado há pouco meses e quanto mais alunos mais chance de o índice cair. Ex.: se um CFC envia 1 aluno para banca e ele passa, ele obtém 100%de aprovação, ok? Mas se o CFC envia 10 e passa 3, 30% de aprovação, ok? Em Minas gerais este índice não ultrapassa os 40%, e na minha avaliação as condições das vias públicas totalmente esburacadas, critérios de avaliação e a exigência de manobras em locais onde o relevo é muito exigente, contribui muito.
Antes de mais nada! A lei apenas determina que para se habilitar é necessário “saber ler e escrever!” Não exige grau de escolaridade! Então culpar índice de aprovação teórico é jogar o sujo para debaixo do tapete! A tendência de índice de aprovação ficar pior é grande a partir de agora pois o estado liberou geral o EAD para a parte teórica!
O ÍNDICE NÃO RETRATA PARA FINALIZAR A REALIDADE DE QUANTIDADES DE EXAMES QUE CADA CFC ENVIA MENSALMENTE E COMO É O CASO DA REPORTAGEM TIRADO ANUALMENTE. COMO PODE TER DOIS CFCS CONSTANTES NA MATÉRIA SENDO QUE OS MESMOS SÓ ABRIRAM DE SALVO ENGANO SETEMBRO DE 2022 PARA CÁ? COMO ELES ENTRAM NUMA PRODUTIVIDADE ANUAL SE NÃO ENVIARAM 12 MESES DE EXAMES? Falar em porcentagem sem saber a quantidade de exames enviados por cada CFC, não representa uma matemática exata. Se em 12 meses mando 300 exames de legislação e passo 58,38% como consta na reportagem significa que passei 175 alunos. E se na mesma proporção um CFC enviou no ano da matéria 100 e passou 70% então ele passou 70 alunos. Quem na realidade passou mais?
Sobre a aprovação prática, como exigir dos CFC’s produtividade se não são os mesmos que aplicam a prova prática? Área do exame prático uma lástima, pois não tem sinalização horizontal o que contribuiria e muito para um aprendizado melhor, altamente de relevo montanhoso, o que em suma dificulta as manobras exigidas, o local de execução dessas manobras são de extremas dificuldades, não esquecendo de contar o emocional de cada candidato no momento único do exame. Não basta apenas ensinar o correto, para alcançar o objetivo, são fatores que no momento do exame definem assustadoramente para as reprovações, como: cansaço da espera, o ser examinado, o não poder ter qualquer erro que comprometa, não apenas um examinador avaliando e sim a decisão de 2 (pois agora são dois dentro do veículo), isso pesa na hora das manobras no relevo montanhoso de nossa área. etc.