Cartunista Edra entre os participantes da mostra em homenagem ao Jaguar

Edra e o cartunista Jaguar (Foto: Arquivo pessoal)

Um dos fundadores do lendário Pasquim e parceiro de Ziraldo, o cartunista carioca morreu no domingo, 24/08, aos 93 anos

DA REDAÇÃO – O humor gráfico brasileiro perdeu um de seus traços mais marcantes com a morte do cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, o Jaguar, aos 93 anos, no Rio de Janeiro. Em reconhecimento à sua trajetória, o 52º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, que será aberto sábado, 30/08, no Engenho Central, a mostra “Jaguaricaturas – uma Homenagem ao Cartunista Jaguar”, por caricaturistas do Brasil. O espaço busca destacar a relevância do cartunista para a imprensa e para o humor gráfico, reafirmando sua influência como referência de irreverência, crítica social e liberdade de expressão

A mostra reunirá uma coletânea de obras de diversos artistas, com caricaturas, cartuns e trabalhos inspirados em Jaguar e em suas criações. Entre eles o artista caratinguense Edra, que além de apresentar uma exposição individual em homenagem aos seus 45 anos de produção de humor gráfico, participa também de mais duas mostras paralelas e da competição competitiva nas categorias charge, caricatura e escultura.

Trajetória

Criador do jornal O Pasquim juntamente com Sérgio Cabral e Tarso de Castro, em 1969, que contou também desde o início em sua equipe editorial nomes como Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil, Ivan Lessa e Paulo Francis. Jaguar marcou a história da imprensa com uma crítica social ácida, elegante e irreverente. Criou personagens emblemáticos, entre eles Gastão, Bicho Borka e Sig. Sua trajetória atravessou décadas de atuação na imprensa alternativa e em revistas e jornais de grande circulação, sempre com humor refinado e olhar crítico sobre a realidade brasileira.

Jaguar tornou-se um dos cartunistas mais importantes do país e deixou o Brasil órfão de uma voz capaz de unir crítica e humor com elegância, inteligência, precisão e ironia. Nascido no Rio de Janeiro em 29 de fevereiro de 1932. Considerado o pai do humor brasileiro engajado, Jaguar teve papel fundamental na gênese do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Em 1972 e 1973, jornalistas e artistas piracicabanos visitaram a redação de O Pasquim, no Rio de Janeiro, em busca de apoio para viabilizar a mostra de humor gráfico. Jaguar recebeu o grupo, ofereceu seus originais e endossou a iniciativa, que ganharia forma em 1974.

Na memória do Salão de Humor de Piracicaba, Assim como os caratinguenses Ziraldo e Zélio, Jaguar é lembrado como alguém que deu uma espécie de bênção à iniciativa, fortalecendo o projeto que se mantém vivo até hoje, considerado o melhor do mundo.

 

A mostra reunirá uma coletânea de obras de diversos artistas com trabalhos inspirados em Jaguar e em suas criações. Entre eles, está o artista caratinguense Edra

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