Assistentes educacionais pedem redução de carga horária e estatuto

Prefeitura afirma que remuneração está de acordo com a lei e que avalia alteração no estatuto dos servidores públicos
CARATINGA- Direito à insalubridade, qualificação para atender crianças com deficiência, redução de carga horária de oito para seis horas e aprovação do estatuto da Educação com reconhecimento da classe. Essas foram algumas das reivindicações apresentadas pelas assistentes educacionais em manifestação na manhã desta terça-feira (02).
A assistente educacional Kelly Furtado destaca as pautas defendidas pelas profissionais. “A principal reinvindicação é a aprovação do estatuto e a redução da carga horária que está exaustiva para todos os assistentes educacionais. Pedimos que olhem essa situação, já passou dos limites, já estamos cansados de promessas e nada é feito para mudar nossa realidade. Estamos falando das assistentes educacionais que trabalham em creche; em escolas como apoio no período integral, crianças que ficam durante todo o dia para os pais trabalharem e também para crianças especiais”.
Clausiano Peixoto, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Caratinga enfatiza que instituição apoia a causa das assistentes. “O Sindicato teve ciência dessa manifestação ontem (segunda-feira), estava até viajando, antecipei meu retorno para Caratinga para estar junto com o pessoal. Elas estão reivindicando a redução do horário, aprovação de Estatuto da Educação, insalubridade porque elas fazem a higiene fisiológica das crianças, algumas chegam doentes. O Sindicato hoje está aqui dando apoio para não deixar essas servidoras desamparadas, pois, elas organizaram por si só. Mas, nas próximas manifestações o Sindicato organizará, caso não tenha uma abertura de conversa. Assim, vamos avisar com antecedência a Administração, o Ministério Público, a Polícia Militar e aos pais das crianças assistidas pra não levarem suas crianças para as creches”.
Clausiano explica que a manifestação deve ser considerada “justa”. “Tomar conta de uma criança especial oito horas por dia está sendo insustentável, elas querem essa redução para ter mais servidores para tomar conta. E a qualificação desses servidores, pois entraram servidores novos e normalmente nenhum tem a qualificação. Elas estão reivindicando uma especialização, um curso que sempre tem e já vai para dois anos que não tem, segundo elas”.
PREFEITURA
Em contato com a reportagem, a Prefeitura afirmou que realiza o pagamento das assistentes educacionais, que cumprem carga horária de oito horas/dia com a remuneração de um salário-mínimo, de acordo com a Lei n° 3766/2019, que dispõe sobre o Plano de Cargos e Salários dos servidores públicos do Poder Executivo Municipal
Quanto ao estatuto, a Prefeitura informou que estuda uma proposta de alteração para todos os servidores públicos, alinhada com o Sindicato dos Servidores Públicos, mas, também ouvindo as reivindicações dos profissionais, a exemplo das assistentes educacionais e que, apesar de entender a solicitação, não pode “descumprir a lei”.
A respeito das assistentes educacionais que prestam apoio aos alunos com deficiência, a Prefeitura de Caratinga informou que elas receberam “capacitação mínima exigida pelo Ministério da Educação” e que alguns profissionais realizam especialização por iniciativa própria.

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Exportações mineiras alcançam US$ 37,3 bilhões no ano e estado tem o maior superávit nacional em outubroResponsável por quase 13% das exportações brasileiras, Minas tem o melhor desempenho na balança comercial pelo segundo mês consecutivo DA REDAÇÃO – Com o aumento de parceiros comerciais, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses deste ano com US$ 37,3 bilhões em exportações. O valor representa um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024. O estado foi responsável por 12,9% das comercializações nacionais, sendo o terceiro maior exportador no acumulado de 2025. No mesmo período, o saldo da balança comercial alcançou superávit de US$ 21,9 bilhões. Até outubro, as importações somaram US$ 15,4 bilhões, um crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Minas segue sendo o quinto principal importador brasileiro. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas Gerais registrou o terceiro maior fluxo comercial do Brasil (US$ 52,7 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,4% ao do ano anterior. “Os resultados reforçam que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com números maiores do que foi registrado em 2024. Isso reflete o fortalecimento de Minas como ator importante no comércio exterior, que se deve ao apoio do Governo do Estado aos empreendedores mineiros”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Mila Corrêa da Costa. Café, ouro e veículos impulsionam Entre os produtos exportados no ano, as vendas de café aumentaram em US$ 2,7 bilhões, um aumento de 44,6% frente aos dez primeiros meses de 2024. Na sequência, vem o ouro com US$ 1,2 bilhões (72,6%) e os veículos com US$ 248,6 milhões (89,6%). No ano, Minas exportou seus produtos para dez países a mais do que em 2024, reforçando o potencial do estado em alcançar novos parceiros comerciais. No período, houve crescimento das exportações para 105 mercados, dentre os quais o Canadá registrou o maior valor e percentual (US$ 582 milhões e 66,8%). Em seguida, vem a Argentina (US$ 490,3 milhões e 39,4%); o Reino Unido (US$ 420,8 milhões e 77,4%); o Japão (US$ 237,1 milhões e 26,0%) e a Itália (US$ 232,4 milhões e 31,9%). Maior estado superavitário do Brasil Somente em outubro, Minas somou US$ 4,2 bilhões em exportações, com alta de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo o segundo maior exportador brasileiro no período. Novamente, o estado registrou o maior superávit do Brasil (US$ 2,5 bilhões), pelo segundo mês consecutivo, assim como em setembro. Entre os principais produtos exportados em outubro, o café também foi o produto mais relevante, representando 28,4% da pauta exportadora mineira, seguido dos minérios de ferro e seus concentrados (26,2%); ouro (7,2%); açúcares (4,9%) e ferro-ligas (4,8%). Minas também foi o maior exportador brasileiro de carboneto de silício (US$ 2,4 milhões); tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes (US$ 2,3 milhões); medicamentos (US$ 2,3 milhões); e queijos e requeijão (US$ 430,2 mil). Varginha foi a principal cidade exportadora em outubro, com participação de 8,2% nas vendas mineiras para o exterior, seguida por Guaxupé (7,2%), Nova Lima (5,3%), Paracatu (5,3%) e Araxá (4,9%). Lideram nas importações No décimo mês de 2025, as compras internacionais somaram US$ 1,7 bilhão. As principais mercadorias adquiridas foram: automóveis de passageiros (5,7%); adubos (fertilizantes) azotados (4,1%); hulhas (3,6%); veículos automóveis para transporte de mercadorias (3,3%) e partes de tratores e veículos de uso especial (3,3%). Betim liderou nas importações entre os municípios importadores, com percentual de 17,2%. Na sequência vem Extrema (12,8%), Uberaba (12,0%), Pouso Alegre (5,7%) e Belo Horizonte (5,1%).