The Seattles promete show intenso no Festival Pop Rock
CARATINGA – Neste sábado (31), o coreto da Praça Cesário Alvim será palco de uma celebração à música e à cultura pop. O Festival Pop Rock integra a programação do projeto Arteiros e reúne atrações para todos os gostos. À tarde, a partir das 14h, acontece o Encontro de Jogos de Tabuleiro, reunindo jogadores de toda a região. Já a partir das 19h, a praça será tomada pelo som de seis bandas: Zé Woodstock Acústico, Atari, Dexter (cover de Michael Jackson), The Seattles, Madame Lanes (cover de Guns N’ Roses) e The Bitoustones.
E em meio a esse festival de estilos, quem chama a atenção é a banda The Seattles, que leva no nome uma homenagem direta à cidade que nos anos 1990 sacudiu o mundo com o grunge. Foi de Seattle que saíram nomes como Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains e Soundgarden — muitos deles lançados pelo selo Sub Pop, fundamental para o rock alternativo daquela década. Caratinga, com suas bandas e músicos persistentes, também tem seu espaço para reverberar essas influências.
Formada por Filipe (guitarra/vocal), Wall (guitarra solo), Yuri (baixo) e Estevão (bateria), a The Seattles é uma das atrações mais esperadas da noite. Em entrevista, Filipe conta sobre as origens da banda, suas influências e a cena rock do interior mineiro.
Como a banda se formou? Quem conhecia quem?
A gente já se conhecia há bastante tempo, principalmente pelos shows de rock que rolavam com mais frequência em Caratinga alguns anos atrás. Além disso, praticamente todas as bandas daqui ensaiam no estúdio da Dona Vânia e do David, que é tipo um ponto de encontro da galera. Com o tempo, as bandas e os músicos foram virando amigos. A The Seattles surgiu desse meio, com os quatro — eu, o Estevão, o Yuri e o Wall — decidindo juntar forças pra fazer um som na linha do grunge e do rock alternativo.
O nome da banda, “The Seattles”, remete diretamente ao som icônico da cena grunge dos anos 90. Quais bandas de Seattle mais influenciaram vocês e por quê?
Sim, o nome é justamente uma referência a Seattle, berço do grunge. Nossas maiores influências são Pearl Jam, Alice in Chains, Nirvana e Foo Fighters. São bandas que marcaram a história do rock e que continuam relevantes até hoje. Elas conseguiram fazer um som pesado, emotivo e verdadeiro — e é isso que a gente busca também.
Como é fazer um som com pegada de Seattle em pleno interior de Minas? O público de Caratinga abraça essa proposta?
O público daqui sempre abraçou. Por incrível que pareça, tem uma galera muito fiel ao grunge na região. Já passaram várias bandas com essa mesma pegada por aqui, como Overcast, Sleep Violent, e nossos parceiros da Uncles Band e da Attari, que também tocam algumas músicas nesse estilo. O pessoal curte e comparece.
A sonoridade de vocês se limita ao grunge ou há influências de outros gêneros dentro do rock alternativo?
Não, a gente não se limita só ao grunge. Tocamos, por exemplo, algumas músicas dos Raimundos, que fizeram história nos anos 90. Nosso gosto vai de punk a hard rock, passando por hardcore, metal e outros estilos do rock alternativo. Essa mistura enriquece o som e deixa os shows mais dinâmicos.
Cada um de vocês traz referências musicais diferentes. Como essas diferenças se encontram e se equilibram no som da banda?
Na verdade, essas diferenças são uma das coisas mais legais da banda. Na hora de montar o setlist, por exemplo, é sempre divertido. Isso torna tudo mais leve e o processo criativo mais interessante. No palco, porém, a energia é a mesma pra todo mundo: fazer um som pesado, vibrante e de qualidade.
A cena rock and roll no interior de Minas enfrenta muitos desafios. Quais são os principais obstáculos que vocês enfrentam em Caratinga?
O maior desafio é o espaço. A cidade tem público, isso é certo. Mas faltam casas que abram espaço pra bandas autorais e mostrem que o rock não é bagunça — é música de verdade, com respeito e fãs fiéis. O Arteiros é um exemplo positivo. Eles abraçaram nossa proposta e a de bandas como a Uncles Band, a Attari, Madame Lanes e The Bitoustones. Esperamos que eventos assim sirvam de incentivo pra mais lugares fazerem o mesmo.
Em relação a shows, qual foi o momento mais marcante até agora na trajetória da banda?
Sem dúvida, o Caratinga Rock Fest, que rolou em 15 de março deste ano. A energia da galera foi absurda. Ver o público cantando, pulando, curtindo de verdade… é pra isso que a gente faz som.
Como está a expectativa para essa apresentação de sábado?
Tá enorme! Esperamos, mais uma vez, contagiar o público e fazer todo mundo cantar e pular junto com a gente. O festival tá com um time massa de bandas e a vibe promete ser das melhores.
BOX
📌 Serviço | Festival Pop Rock — Arteiros
📅 Data: Sábado, 31 de maio
📍 Local: Coreto da Praça Cesário Alvim, Caratinga
🕒 Horário: A partir das 14h
Programação:
🎲 14h — Encontro de Jogos de Tabuleiro (com jogadores de toda a região)
🎸 19h — Shows com:
Zé Woodstock Acústico
Atari
Dexter (Michael Jackson Cover)
The Seattles
Madame Lanes (Guns N’ Roses Cover)
The Bitoustones
🎟️ Entrada: Gratuita
Realização: Arteiros
