Apae Caratinga celebra 49 anos

Evento comemorativo

CARATINGA- A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Caratinga está completando 49 anos. Para celebrar a data, atividades foram desenvolvidas com os assistidos da instituição.
Luís Henrique Bitencourt, presidente da Apae, destaca o crescimento do trabalho. “Temos que agradecer a todos que nos antecederam, a começar pela dona Lays Lugão, que foi a pioneira aqui, plantou essa sementinha, que hoje frutifica nos brindando com essa estrutura fabulosa, com possiblidade de atender a quase 700 assistidos aqui na nossa Apae. São 49 anos, uma história muito bonita em Caratinga”.
Luís ainda fala sobre as comemorações preparadas para a data. “Estamos fazendo aqui no módulo II um bolinho confeitado para nossos assistidos, profissionais e diretoria. A noite temos a missa na Catedral, somos festeiros e comemorando também o aniversário”.
A Apae Caratinga conta com atividades nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social. “Temos Ensino Fundamental, Ensino Infantil e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Na ação social são as oficinas de padaria, esportes, capoeira, artes, jardinagem e várias outras. Também temos a piscina terapêutica. E na área de saúde temos o Centro Estruturado de Autismo com atendimento de neurologista, pediatra, fisioterapeuta, psicólogo, fono, nutricionista e psicopedagogo, buscando melhoria na qualidade de vida dos nossos assistidos. Na área de ação social também temos acolhimento de pais e responsáveis pelos assistidos. Além também do atendimento psicológico e psiquiátrico, com cursos, seminários e encontros.”.
Além do módulo II, que fica no bairro Monte Líbano, a Apae também conta com o prédio da Rua Raul Soares, centro, onde funciona a estrutura administrativa e serviços de saúde.
“É uma honra muito grande, um chamado de Deus na nossa vida. Dedicamos a fazer um trabalho e o sonho nunca acaba. Esse ano ainda, se Deus quiser, teremos novidade para Caratinga e microrregião. Aguardando surpresas boas que virão”, afirma Luís Henrique.
A professora Dulce de Freitas está na Apae desde sua fundação. “Comecei como professora, depois fui auxiliar de fisioterapia. Fazia várias funções, entregava criança, já fiz de tudo. Adoro isso aqui é o meu remédio, às vezes estou na maior tristeza, venho pra cá e está tudo bem. Fico toda alegre, gosto demais de trabalhar”.
Dulce ainda relembra como foi o início da rotina de trabalho na Apae e como foi ajudar a construir a trajetória da instituição. “Ainda era adolescente. Eu ia sempre na escola com uma vizinha minha que tinha paralisia cerebral, ajudar na fisioterapia. Comecei a trabalhar com essa vizinha e minha mãe pediu a dona Lays para arrumar pra mim para pagar o estudo, não precisava nem pagar o salário. Ela arrumou e fiquei em várias funções, a noite entregava criança, de dia arrumava escola, fazia tudo para o outro dia elas chegarem. No sábado a gente pedia os alimentos para eles comerem na segunda-feira naquela antiga feirinha, a maçonaria ajudava também. Depois tudo legalizado, a Apae assinou a carteira da gente e começamos a receber o salário”.
Para Dulce, a Apae se resume em uma palavra: amor. “Gosto demais, a maior alegria é vir para cá. Com maior alegria, venho para cá, tenho minhas duas filhas criadas, vinham muito para cá também, para participar de tudo aqui. Trabalho ainda para pagar o estudo delas, a Apae me ajuda muito, graças a Deus, até fico emocionada”.