Alunos de Dom Cavati são ouro em Jornada Brasileira de Foguetes

CARATINGA- A Escola Estadual Professora Ilma de Lana Emerique Caldeira, de Dom Cavati, se destacou em cenário nacional com medalha de ouro na Jornada Brasileira de Foguetes. Foram premiados Gabriel Ângelo Neiva Carvalho, Camily Melo Silva, Danielle Leticia Damasceno Rocha e Thalita Karen de Oliveira Patrocínio, alunos do Ensino Médio. Acompanhados das professoras Fany Rodrigues, de Ciências e Biologia e Lilian Soares, de Química e do diretor da escola, Daniel de Souza, os medalhistas foram recepcionados pela diretora da 6ª Superintendência Regional de Ensino (SRE) Landislene Gomes.

A 28ª Jornada de Foguetes foi realizada no período de 1° a 4 de agosto de 2022, na cidade de Barra do Piraí-RJ. Em duplas os alunos apresentaram seus projetos dos foguetes feitos de garrafa PET e fizeram os lançamentos, obtendo bons alcances horizontais.

A professora Fany Rodrigues ressalta que a escola já havia participado da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). “Inclusive esse ano tivemos duas medalhas de prata na prova da OBA, que tem duas etapas, a parte da prova e parte da Mostra Brasileira de Foguetes. Esse ano nós assumimos o desafio de participar da Mostra Brasileira de Foguetes, então, em 14 de maio fizemos o campeonato a nível municipal, onde a escola toda do 6° ano até os alunos do Ensino Médio participaram lançando os foguetes no campo da cidade. Foi bem interessante porque teve o envolvimento de toda a escola, estávamos voltando de um período de pandemia. Nós enquanto professores temos esse desafio de buscar novas estratégias para que os alunos possam participar ativamente. E essa Mostra foi realmente uma luz para a gente, os alunos se empenharam muito. Foi uma longa jornada até chegarmos nesse resultado que é o ouro”.

Conforme a professora Lilian Soares, toda a escola se envolveu no desenvolvimento do projeto. “Esse trabalho foi muito gratificante, experiência que eu também vivi. Agradeço a todos da escola e a Fany que me apresentou o projeto, então, ela é a professora responsável, sou só o braço direito dela a subsecretária Isabela Cavalcante que nos deu esse suporte. Foram dias de muitas oficinas, muito trabalho e aprendizado”.

MEDALHISTAS

A estudante Danielle Damasceno classificou a Jornada como “experiência de vida”. “Não foi só “vou lançar um foguete”, fizemos um projeto tanta na área interna quanto externa da nossa escola, porque a gente tinha um auxílio dos nossos professores dentro da sala de aula e claramente fora a gente precisou de um apoio também, temos muito a agradecer porque quando a gente decidiu a entrar no projeto entregamos de corpo e alma. É um projeto trabalhoso, que precisou de cuidados, testes, uma caminhada. Eu teria total orgulho e prazer em seguir essa área profissionalmente, apesar de ter outros planos, essa Jornada me abriu vários pensamentos, por que não investir nessa área”.

Camily Melo destaca como foi representar Dom Cavati em um grande evento e conquistar a medalha de ouro. “Eram bases enormes, escolas particulares, escola militar, instituto federal e a gente de escola pública, cidade do interior de Minas. Aconteceram oficinas, aulas, apresentações e foi uma experiência maravilhosa e única, pelo menos pra nós do terceiro ano porque não tem outra oportunidade da gente sair da escola agora. E no dia dos lançamentos dos foguetes era uma tensão gigantesca. No primeiro dia, as primeiras equipes que estavam vindo estavam abortando demais. Ficamos muito nervosos. E o nosso lançamento na hora que subiu foi o foguete que subiu mais alto. E o nome da nossa equipe era Voando Alto, que a nossa professora Lilian escolheu, no início a gente não estava gostando muito, mas, o foguete fez jus ao nome. Foi o mais alto”.

Thalita Patrocínio frisa o apoio da comunidade para que o projeto fosse desenvolvido. “Quando a gente ficou sabendo não tinha muito recurso para ir. A nossa comunidade apoiou muito, desde o dia 14 de maio foi o dia dos testes, até o dia 1° que foi lá mesmo na Olimpíada. Nossa comunidade abraçou muito essa causa, todos ajudaram muito e, também, queríamos agradecer em especial a Landinha, o apoio dela foi o que fez a diferença. Ao Daniel e às professoras Fany e Lilian, se não fosse eles não estaríamos lá com certeza”.

Gabriel Ângelo, que também foi medalhista, também comemora o sucesso do projeto. “Fizemos muito teste, foi muita luta, foram muitos foguetes que soltamos no campo, tivemos a oficina na casa da Thalita. Foi uma experiência que só quem participou para saber como foi. Sempre gostei de foguete, desde pequeno e essa experiência realmente foi muito importante para mim”.

EMPENHO

Daniel de Souza, diretor da escola, destaca que a instituição, que conta com aproximadamente 500 alunos da rede estadual, tem muitos desafios pela frente, principalmente, no pós-pandemia. “A escola tem uma trajetória muito grande em trabalhar com projetos, buscar motivar os alunos. Essa participação na Mostra foi muito gratificante porque envolveu os meninos logo após um período de uma greve da rede estadual. Mesmo durante a greve os professores continuaram trabalhando, conseguimos levar a escola e no primeiro dia de reposição, num sábado, que a gente temia de não ter aluno, tivemos fora da escola, no campo municipal e uma participação maravilhosa, onde tudo começou. Veio o desafio dos recursos que tentamos na escola o que poderíamos e corremos atrás, o que possibilitou participar”.

Landislene Gomes, diretora da SRE, enfatiza a importância da conquista de Dom Cavati e de toda a região. “Hoje para nós, no meio da semana da juventude, é um dia emocionante marcando para nós, recebendo aqui a escola com diretor, professores e nossos medalhistas de ouro a nível de Brasil. São duas medalhas de ouro, através de duas equipes, para representar a escola, a nossa regional, nossos 27 mil alunos que fazem parte da nossa jurisdição e eles trouxeram para nós esse prêmio. A SRE Caratinga e a Secretaria de Estado de Educação ficam muito felizes desse resultado”.