Afinal, o Que Deus Pensa de Religião-1

Nós, humanos – sem exceção – temos uma inclinação para algum tipo de religiosidade.

Mesmo aquele que diz que não tem religião, ou não é religioso, desenvolve (às vezes, sem perceber!) algum ritual ou devoção – que até poderia ser de si mesmo.

Ao longo de toda a Bíblia, porém, encontramos um contraste que se repete: de um lado, o ser humano “criando” formas de se aproximar de Deus – seja por meio de rituais, festas, palavras bonitas e aparências piedosas. Por outro lado, o próprio Deus declarando que não se deixa enganar por formalismos vazios.

A Escritura nunca condena a adoração verdadeira, nem as práticas de culto em si – muito pelo contrário.

O que ela denuncia é a religiosidade vazia.

Por exemplo: a pessoa declara coisas bonitas sobre Deus, mas – no dia a dia, ela age de forma desumana com a esposa, ou filhos, ou com os empregados. Ou aquele que traz um cântico – que fala do amor, mas ele mesmo não consegue demonstrar isso para as pessoas mais próximas. Depois, encontramos aquele que faz sacrifícios “para Deus”, mas incapaz de ajudar alguém com necessidade (às vezes, na própria casa onde mora). E aquele que através de palavras, prédicas ou pregações eloquentes comove multidões, mas são palavras vazias, pois o coração não está envolvido.

Os profetas, os salmistas, os apóstolos e o próprio Cristo levantaram a mesma voz: Deus não suporta hipocrisia. Ele não quer apenas lábios que O louvem, mas corações que O busquem. Não deseja apenas mãos erguidas no templo, mas mãos que defendam o órfão e a viúva.

Começo hoje uma série de reflexões baseadas em cinco expressões fortes das Escrituras que ilustram a rejeição divina ao culto vazio:

  1. “Pare de trazer ofertas inúteis!” (Isaías 1:13)
  2. “Eu odeio, eu desprezo as vossas festas religiosas.” (Amós 5:21)
  3. “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mateus 15:8)
  4. “Obedecer é melhor do que sacrificar.” (1 Samuel 15:22)
  5. “A religião deles é inútil.” (Tiago 1:26)

Cada uma dessas frases funciona como um choque espiritual: elas expõem a farsa de uma fé superficial e apontam para o que Deus realmente deseja — sinceridade, justiça, misericórdia e obediência.

Quero convidar meu caro leitor, minha cara leitora, a percorrer esta série, olhando para dentro de nós mesmos, com uma pergunta assim: Será que minha vida de fé tem sido apenas um ritualismo, ou tenho um relacionamento verdadeiro com o Senhor?

Fique com Deus, e até a próxima semana.

Rev. Rudi A Kruger – Faculdade de Teologia Uriel de Almeida Leitão – Caratinga

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