Bom dia caros leitores, inicio este texto tentando relembrar aos bons estudantes de história de um evento em que o saudoso Oswaldo Cruz (1872/1917) enfrentou problemas com uma campanha de vacinação, na então capital Rio de Janeiro. Alguém sabe sobre este fato?!
Então, hoje parece que estamos com o mesmo problema, apenas mudou as gerações, nada mudou pelo que notamos com respeito e viver de mineira urbana e “civilizada”. Não temos o mínimo de respeito nem com nossos entes queridos quando tratamos de um problema de saúde pública, como vem sendo o temível e aterrorizante “mosquito da dengue”.
Não temos respeito porque continuamos a colocar lixo em nossos quintais, ruas, lajes, etc. Perdemos a total noção de preocupação e respeito, pois o Estado, que formamos, tem uma administração totalmente fora do contexto de gravidade que temos. Para explicar isto relembrem do pronunciamento do ministro da Saúde dizendo que perdemos a guerra para o mosquito, é mais um político antiquado que assume uma instituição séria através de jogatinas do poder, o país está voltando a nos preocupar da mesma forma que preocupou gerações que sofreram com malária, febre amarela, doença de chagas, poliomielite, dentre outras.
O que fazer quando a população e administração pública parece não estar vendo o que ocorre?! Não há nada mais sensível no homem do que seu “bolso”, aqui sim cabe um Estado eficiente que responsabilize administradores e sociedade por descumprir regras, não precisariam nem ser legisladas. Há um problema com nossa sociedade, não sei dizer se é somente aqui, temos um grave problema em interpretar mal nossa tão bela língua, pensamos que a noção de “casa”, seja somente onde moramos, ou seja, piso, paredes e teto, acho que por isto colocamos lixo na rua ou onde for, não tem nada dividindo, tais lugares nada dizendo que é meu ou teu, então podemos colocar o que bem entendermos ali. Ora caros, o que pensariam se alguém chega em suas residências e começam e cuspir na parede ou onde seja, ou de repente jogar resto de comida ou outra coisa?! Então, creio em suas mentes as respostas para esta pergunta estão suficientes. Daí imaginemos uma casa grande ao ar livre, sinônimo de toda a liberdade e conforto que tanto desejamos, esta é a terra, nossas cidades ou outro lugar onde vivemos e convivemos, portanto sejamos civilizados!
Para terminar, temos que lembrar que em nosso bonito país todas as coisas que acontecem são aproveitadas com segundas intenções, portanto as epidemias não ficam fora. Para a administração pública, é material de campanhas eleitorais e reeleições mentirosas prometedoras de utopias e demagogias da morte; para os cidadãos são motivos para inflacionarem preços de produtos básicos, para combatê-las, como vem acontecendo de Procons encontrando farmácias escondendo repelentes para torná-los mais caros. Ora, estas pessoas como dizem, “não alma”, epidemias não escolhem classes, são como terroristas suícidas, estão em qualquer parte da sociedade, atacam em qualquer parte. Ao que parece pessoas do poder, sejam da administração pública, ou do comércio, pensam que são imunes a mosquitos que nem se quer enxergamos com perfeição à dada distância, continuam a pensar que nada os aconteceram ou com algum ente querido, se é que as sociedades de hoje querem algo diferente de saciar suas ganâncias, não se sente nada por perder um filho ou nascer com alguma moléstia que poderia ser evitada, com simples gesto de humanidade.
“Como lidar com a humanidade”?!
Marcilei Luis do Nascimento
9° Período de Direito na FIC
Cel/WhatsApp: (33) 99970-3509
Facebook: MarcileiLuis