STEVEN SPIELBERG – O REI DO CINEMA
Sem dúvida, o cineasta Steven Spielberg é um dos diretores mais populares da história do cinema. Seus filmes mesclam sucesso de bilheteria com excelentes críticas, embasadas por várias premiações. Suas parcerias, principalmente com o diretor George Lucas (da franquia Star Wars) e com o músico John Williams (responsável por várias trilhas sonoras de seus filmes) ajudaram bastante na popularidade de suas obras. Influência de muitos novos cineastas, segue abaixo um painel de sua filmografia, que já arrecadou cerca de 8,5 bilhões de dólares nos cinemas.
ANOS 70 – MAR E ALIENS
No início dos anos 70, Spielberg já chamava a atenção dos grandes estúdios com seus curtas. Logo assinou um contrato com a Universal, onde fez seus primeiros longas-metragens, “Encurralado” e “Louca Escapada”. Porém, sua carreira começou a deslanchar com o filme “Tubarão” em 1975. Com uma trilha sonora marcante, é considerado o pai das superproduções. A trama conseguiu faturar mais de 100 milhões de dólares e a partir de então, os estúdios passaram a investir em um modelo para atrair cada vez mais pessoas ao cinema, com grandes efeitos especiais e marketing bem definido. Em 1977, fez sua primeira ficção científica, “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, tratando da invasão de alienígenas e faturou sua primeira indicação ao Oscar de melhor diretor. O filme também foi um sucesso de bilheteria e criou-se bastante expectativa para o próximo. Porém, a década acabou com um fracasso, o filme “1941 – Uma Guerra muito Louca”, comédia que tratava de uma suposta invasão da Califórnia pelos japoneses na Segunda Guerra Mundial.
ANOS 80 – AVENTURAS INESQUECÍVEIS E DRAMAS ELOGIADOS
A década de 80 já começou com o primeiro filme de uma das grandes franquias de Spielberg. Em parceria com George Lucas, e com a presença do ator Harrison Ford, o diretor emplaca “Os Caçadores da Arca Perdida” em 1981, primeira das quatro aventuras de Indiana Jones no cinema. O filme estourou na bilheteria e também foi sucesso de crítica, levando Spielberg a ser novamente indicado ao Oscar de direção. No ano seguinte, voltou a falar sobre alienígenas, mas dessa vez com um toque bem juvenil, no sucesso “ET: O Extraterrestre”. O filme virou a maior bilheteria de todos os tempos até então e nova indicação ao Oscar para Spielberg, que não ganhou novamente. Em 1984, filma “Indiana Jones e o Templo da Perdição”, novamente um sucesso.
Em 1985, Spielberg voltou-se para histórias mais adultas e realizou um dos dramas mais bem elogiados do cinema, “A Cor Púrpura”, com as atrizes Whoopy Goldberg e Oprah Winfrey. A trama falava sobre racismo e recebeu 11 indicações ao Oscar. Em 1987, com “O Império do Sol”, novos elogios da crítica. O jovem ator Christian Bale (que depois de adulto fez Batman na nova trilogia) interpreta um garoto inglês de 11 anos que vai parar em um campo de concentração japonês na Segunda Guerra Mundial. No final da década, mais um fracasso, o romance “Além da Eternidade”. Porém, o ano de 1989 se salva por conta da terceira aventura de Indiana Jones, intitulado de “A Última Cruzada”.
ANOS 90 – RECONHECIMENTO DO OSCAR E NOVA FRANQUIA DE SUCESSO
Depois do grande sucesso de bilheteria e fracasso de crítica “Hook – A Volta do Capitão Gancho”, em que o ator Robin Williams interpreta Peter Pan, Spielberg voltou-se novamente para os efeitos especiais e revolucionou a indústria com “Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros”. O filme virou a maior bilheteria de todos os tempos, quebrando recordes e estabelecendo um novo parâmetro para os efeitos especiais da época. No mesmo ano, Spielberg mostra versatilidade ao fazer um dos melhores filmes dramáticos de todos os tempos: “A Lista de Schindler”. Inaugurando sua parceira com o ator Tom Hanks, o cineasta conseguiu sua primeira estatueta do Oscar de Melhor Diretor. O filme retratava a história do sujeito que salvou centenas de judeus na Segunda Guerra Mundial.
Com a carreira muito consagrada, Spielberg funda um grande estúdio, algo que não se via há cerca de 75 anos. A DreamWorks não demorou muito para se tornar um dos estúdios de maior sucesso em Hollywood. Spielberg inaugurou suas produções no estúdio com “Amistad”, excelente filme que passou em branco nas bilheterias de 1997, ano dominado por Titanic. Em 1998, novamente revisita a Segunda Guerra Mundial com o filme de guerra “O Resgate do Soldado Ryan”, que lhe rendeu o segundo Oscar de direção.
ANOS 2000 EM DIANTE – CONSISTÊNCIA DE UM VETERANO DIRETOR
Com a morte do célebre diretor Stanley Kubrick, o filme “AI: Inteligência Artificial” (2001) caiu no colo de Spielberg. Ele fez um filme bastante elogiado por uns e criticado por outros, mas ainda assim uma bela ficção científica que conta a história de um menino androide. Em 2002, coloca Tom Cruise estrelando a ficção policial “MinorityReport”, comprovando que sabe mesclar bons resultados de público e crítica. No mesmo ano, trabalha com outro astro, Leonardo DiCaprio, na comédia “Prenda-me se for Capaz”.
Seus próximos filmes, “O Terminal” (2004) e “Guerra dos Mundos” (2005) foram bastante criticados e tidos como histórias que não estavam à altura de um diretor como Spielberg. Naquele mesmo ano, o cineasta entrega o filme “Munique” e obtém vários elogios e indicações ao Oscar. Na trama, o espectador acompanha a caçada aos assassinos de onze atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de 1972.
Em 2008, deixa de lado o projeto “Interstelar” (que se tornou sucesso nas mãos do diretor Christopher Nolan) e dirige a quarta aventura de Indiana Jones, arrecadando mais de 700 milhões de dólares nas bilheterias. Em 2011, faz sucesso com uma animação, “As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne” e realiza o que é considerado um de seus trabalhos mais fracos, “Cavalo de Guerra”.
Em 2012, tem ótimos resultados com “Lincoln”, que rendeu o Oscar de melhor ator para Daniel Day Lewis e em 2015, com “Ponte dos Espiões”, mais uma parceria com Tom Hanks, que também rendeu indicações ao Oscar.
Em 2016, roda a animação “O Bom Gigante Amigo” e continua com vários projetos que incluem Indiana Jones 5, previsto para 2019. Sem dúvida, Steven Spielberg faz parte da história do cinema e é reconhecido como um dos grandes cineastas da sétima arte!
Warny Marçano é blogueiro do WCinema (www.wcinema.blogspot.com), composto por resenhas de filmes e notícias em geral da sétima arte.
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