Os vereadores Neuza, a secretária da CPP, José Cordeiro, Cleon Coelho, Cleider Costa e Ricardo Gusmão faltaram à reunião sem justificativa
CARATINGA – Na noite de ontem aconteceu nas dependências da Câmara de Caratinga, a votação do relatório da Comissão Parlamentar Processante (CPP), que procede a instrumentalização de denúncia de infração político-administrativa envolvendo o vereador afastado Sérgio Antônio Condé, o “Serginho” (PTC).
Segundo apurado pela Comissão, “Serginho, na condição de presidente da Câmara de Vereadores, no exercício de 2016, ao final do ano legislativo, efetuou pagamento à Empresa Golden Care Ltda no valor de R$ 19.277,97 sem a contrapartida de mercadorias, o que configura malversação de verba pública”.
A reunião começou às 19h20 e quando foi realizada a chamada, notou-se a ausência dos vereadores Neuza Paiva, a secretária da CPP, José Cordeiro, Cleon Coelho, Cleider Costa e Ricardo Gusmão.
O presidente CPP, Johny Claudy leu todo o relatório apresentando o trabalho feito pela comissão e o relator Welington Batista, o “Helinho” leu a conclusão que diz que o denunciado Sérgio Antônio Condé incorreu em quebra de decoro parlamentar, tipificada no artigo 7º, III do decreto-lei 201/67.
Além do relator e do presidente da CPP, o único vereador a usar a tribuna foi o vereador Mauro César que parabenizou a comissão pelo trabalho.
O vereador Helinho disse que ficou decepcionado com a ausência dos cinco colegas vereadores que seriam muito importantes na votação e ressaltou que fez um trabalho árduo de 90 dias junto com os colegas da comissão.
DEFESA
Serginho explicou que foi constituído o advogado Alan Gustavo Gomes da Silva para a defesa ontem, pois Mauro Bonfim, que o representa, já tinha outro compromisso agendado. “Desde que começaram as reuniões jamais atrapalhei o trabalho da comissão e nem por isso vou deixar de parabenizar, pois nenhum momento acusa Serginho diretamente. E nesse caso afirmo que nada foi feito com meu consentimento, peço a oportunidade de me juntar aos senhores para terminarmos o mandato, trabalhar para a população e ter o voto contrário a minha cassação”.
O advogado que acompanhou Serginho disse discordar do relatório da CPP e disse que se houve algum ilícito foi por parte dos funcionários a quem delegou funções.
VOTAÇÃO
Para que o vereador Serginho fosse cassado seriam necessários 12 votos, como faltaram cinco vereadores e Guerra que é suplente, não teve quórum necessário para a votação e a CPP foi arquivada. Ninguém soube explicar a falta dos vereadores, já que todos sabiam da votação da CPP. Informações dão conta que a vereadora Neuza está viajando de férias e os demais não justificaram a ausência. Serginho continua afastado, pois foi condenado pela justiça por outro processo.
Vereadores que não compareceram à votação da CPP de Serginho: