* Bruna Lívia Lage Ladeira
Desde os primórdios a convivência se faz necessária e o outro é inserido no dia a dia de cada um de nós. E é claro que a convivência é importante, pois fomos criados para ser sociável e social. Porém, a necessidade de padronização do comportamento e anseios humanos vem retratando uma sociedade confusa na forma de se encontrar como indivíduo.
Como entender esta nova fase? Como entender esta nova sociedade?
Sendo individuo vários fatores são únicos como: a forma como nasci, a aceitação familiar, a criação recebida pelos meus, as experiências, as expectativas, os sonhos, os anseios, os medos, e inserir estas particularidades no outro e para o outro é um desafio.
Mais ainda assim quero ser o outro? Ou quero tornar o outro parte de mim?
Porque os psiquiatras e psicólogos estão sendo tão requisitados? Alguém já parou pra pensar nisso?
Porque não aceitamos nossa maneira, nosso desejo e nossa condição. Porque a opinião do outro ainda é tão necessária. Sim, sim vivemos em sociedade mais a doença atual da depressão e ansiedade advêm deste anseio alheio e não do nosso anseio.
Vamos parar e analisar: se cada um é um ser único com vivência própria porque queremos ser informados em uma única tabela de vida e vivência.
Não somos produtos feitos em serie e sim pessoas fisicamente e mentalmente diferentes. Se não aceito o outro pelo menos respeito, se não me aceitam paciência. Vivemos um tempo de discussão constante para aceitar o que não aceitam em mim.
Então vamos buscando este EU que precisa do outro mais precisa muito mais de MIM. Para encontrar uma forma para ser EU mesmo sem a interferência do outro. E quando acharmos esta formula associado a convivência sadia ai sim encontramos a vivência com a convivência.
As opiniões e tomadas de decisões seja financeira, profissional, e comportamental devem ser respeitadas pois a informatização e a individualidade nos remete a verdade absoluta que pode ferir o OUTRO. E talvez um dia eu e você sejamos o OUTRO.
Porque conviver é expressar o meu EU com o OUTRO sem interferir no OUTRO e em MIM. A busca pela razão nos faz distanciar do respeito ao OUTRO, e este também no leva a nos desrespeitar.
Por isso, vamos analisar se vale a pena ter uma opinião formada, onde a minha opinião é que conta ou ter uma opinião pronta a manter sua originalidade, sem precisar ser mudada. Porém, respeitando o OUTRO e a MINHA visão e opinião.
Difícil? Complexo?
Difícil é não tentar. A discriminação e a intolerância vem sendo atacada e a convivência saudável não tem receita mais com RESPEITO podemos construir relações saudáveis priorizando a MINHA opinião e a do OUTRO.
* Bruna Lívia Lage Ladeira, graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Caratinga (2003), Pós graduação Lato Sensu pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (2005) em Fisioterapia aplicada a Ginecologia, Obstetrícia com aspectos em Urologia, Pós-graduação Lato Sensu em Aperfeiçoamento de Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde pela Fiocruz- RJ(2006) e Mestrado em Ciências da Saúde, área Saúde da Criança e do Adolescente, pela Faculdade de Medicina da UFMG (2007-2009). É fisioterapeuta do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora desde agosto de 2009, e da Casa de Saúde União desde junho de 2010. Atualmente é docente do Centro Universitário de Caratinga – UNEC. É auxiliar pedagógica e administrativa dos cursos de Extensão em Medicina do UNEC.
Mais informações sobre o autor(a), acesse: http://lattes.cnpq.br/0245068933760911