Executivo ainda localizou animal que havia sido atropelado e devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser eutanasiado
CARATINGA- A situação de animais de grande porte, como cavalos, soltos pelas ruas foi alvo de uma operação da Vigilância Sanitária, realizada na madrugada desta quarta-feira (25). Os trabalhos foram intensificados após a equipe se deparar com um animal bastante ferido, vítima de atropelamento e que precisou ser eutanasiado.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, José Carlos Damasceno é preciso chamar atenção dos proprietários de animais. “O Departamento de Epidemiologia, ao longo desses últimos dois meses, tem intensificado as ações de apreensão desses animais. Temos percebido que temos recolhido os mesmos animais ao curral, porque muitos proprietários acabam resgatando, pagando a taxa em torno de R$ 100, outras vezes eles se sentindo no direito de ir até o Parque de Exposições e retirar esses animais à força. As pessoas precisam entender que todas as vezes que isso ocorreu tivemos que acionar a Polícia Militar para lavrar um boletim de ocorrência, mesmo porque até então não se sabia se eram os proprietários desses animais que estavam retirando eles ou se era um terceiro. Então, precisamos resguardar o direito desses possíveis proprietários e também do município”.
Conforme Damasceno, recentemente, o município adquiriu uma carreta reboque, que deve chegar nos próximos dias e irá auxiliar os trabalhos. “Todos os animais que estão entrando dentro do curral levam a marcação. Ou seja, daqui pra frente, todo aquele animal que tiver a marcação, caso ele seja reincidente, não vai mais para o curral, vamos deixar ele na zona rural com um terceiro como fiel depositário. As pessoas precisam entender, o animal reincidente não cabe mais o proprietário reclamar posse. Se o animal foi apreendido a primeira vez, ele paga as taxas e o animal é liberado”.
De acordo com o coordenador, ao longo da madrugada de quarta-feira foram apreendidos seis animais de grande porte. A intenção é fazer das operações noturnas uma rotina do departamento. José Carlos ainda comentou sobre o animal localizado na Portelinha. “Isso é fruto desses animais soltos nas vias públicas. Eles estão ali sujeitos a acidentes, o que aconteceu com esse animal, que teve que ser eutanasiado. Nesse caso específico fomos felizes porque acionamos a Polícia Militar, mesmo porque não é só ir lá e fazer a eutanásia desses animais, você acaba mobilizando outros setores da prefeitura, como as secretarias de Obras e Meio Ambiente, pois necessita de retroescavadeira, do caminhão basculante e um local para enterrar esse animal”.
Naquele momento também foi possível identificar o proprietário do animal, mas, geralmente, essa identificação é difícil, como explica. “A PM estava presente e por sorte nossa foi possível identificar o proprietário desse animal. Foi lavrado boletim de ocorrência, com certeza vai ter alguma sanção pra ele porque a partir do momento que as pessoas abandonam o animal dela à própria sorte, está cometendo um crime. Mas não é fácil essa identificação, dono de animal só aparece quando o município faz o papel dele, que é de recolhimento na via pública”.
A médica veterinária Lurdes Aparecida da Silva enfatiza a situação que o animal estava, quando a Vigilância Sanitária foi acionada e os procedimentos realizados. “Deparamos com o animal já em sofrimento, se debatendo. Era muito grave, ele já estava deitado desde o dia anterior. Havia uma fratura grave na pata dianteira e pelo fato dele ter ficado deitado mais de 24 horas naquela situação, sem beber e comer, já chega a um sofrimento grande. Tão rápido anestesiamos o animal, aplicamos a medicação para fazer a eutanásia. Faço questão até de usar um volume de anestesia geral para obter um relaxamento, estado para que o animal não tenha sofrimento na hora de aplicar o produto que vai causar a parada cardiorrespiratória. Não há sofrimento durante o procedimento”.
Lurdes aproveita para deixar uma orientação para o proprietário ou pessoas próximas acionem os órgãos responsáveis o mais rápido possível, de forma a reduzir o sofrimento do animal. “Tirou o sofrimento. Ouvimos os relatos de muitas pessoas sensibilizadas de ver aquela situação. O proprietário em momento algum solicitou ajuda, não precisava deixar o animal chegar a esse ponto. O dono tem que ser responsável pelo seu animal, isso é maus tratos. Pedimos que pelo menos se não há condições financeiras, procure o departamento, uma forma de resolver o problema o quanto antes”.