Vazão do Córrego do Lage reduz novamente

O superintendente de Meio Ambiente, Bruno da Costa Pinto (Foto: Arquivo)

Copasa altera regiões de manobras operacionais divulgadas anteriormente

CARATINGA – Como já informado pela Copasa nos últimos dias, foi registrada uma redução drástica do volume de água do Córrego do Lage, responsável pelo abastecimento do município de Caratinga. A vazão normal captada diminuiu ainda mais, de 180 para 125 litros de água por segundo, uma queda de 30,6%.

A Copasa esclarece que a situação é causada pelo prolongado período de estiagem na bacia hidrográfica do Córrego que, somado ao aumento do consumo de água devido ao forte calor, faz com que o abastecimento na cidade fique prejudicado.

Em consequência desta queda da vazão, a Copasa alterou as regiões de manobras operacionais divulgadas anteriormente, visando garantir o abastecimento mínimo em todas as partes da sede municipal, inclusive as partes mais altas. Desta forma, o quadro de manobras de abastecimento em Caratinga foi alterado, de maneira a dividir os bairros em três regiões.

A programação poderá ser alterada de acordo com o aumento ou diminuição da vazão do manancial. A Copasa ratifica necessidade de apoio da população para o consumo racional da água, evitando desperdícios. “A conscientização de todos é muito importante para que a água seja utilizada de forma consciente e responsável”.

Trabalho de conscientização

Procurada pelo DIÁRIO DE CARATINGA, a Prefeitura de Caratinga, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, se posicionou sobre a crise hídrica que afetou o município de Caratinga.

A Prefeitura informa que vem constantemente realizando um trabalho de conscientização junto à sociedade, com a divulgação de panfletos e informativos nas escolas, de casa em casa, em dias comemorativos,  palestras, fórum e seminários; e que ainda que deve intensificar as campanhas publicitárias sobre a escassez de água, mas conta com mais envolvimento da sociedade e dos demais órgãos competentes, “pois estamos fadados à derrota e por consequências ainda piores uma vez que há pouca participação da sociedade nestas ações a favor do Meio Ambiente”, afirma o superintendente de Meio Ambiente, Bruno da Costa Pinto.

Bruno ressalta que a Copasa é maior consumidora e exploradora deste recurso no município. “Vale lembrar-se da grande responsabilidade  da empresa em promover planos estratégicos a fim de evitar a escassez hídrica a que estamos passando. Ressalto, que existem pedidos de providências anteriormente proteladas pelo Ministério Público sobre alternativas que a referida empresa iria tomar acerca desta problemática, onde foi levada a proposta por parte desta Secretaria por meio de seu corpo técnico sobre barragens de contenção nas proximidades das margens do córrego do Lage e a intensificação da fiscalização aos proprietários que rodeiam, que praticam atividade agrícola sem o devido controle ambiental e/ou licenciamento”.

O superintendente finaliza afirmando que é necessária integração entre as partes envolvidas. “Nestas ações é necessário envolver a  Polícia Ambiental Militar e os fiscais da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) sede Governador Valadares, a fim de coibir a captação desenfreada da água sem responsabilidade socioambiental deste recurso hídrico tão escasso”.

Após o término do ciclo, será reiniciado.