Em época de eleição ouve-se muito sobre este valor humano tão importante. Às vezes, porém, mesmo o candidato mais bem preparado ou até muito bem-intencionado não está completamente consciente do que é, realmente, tornar uma cidade, um país, um mundo mais justos.
Primeiro, vejamos o que significa esta simples palavra: JUSTIÇA.
Será que é apenas o cumprimento das leis? Ou existe um conceito maior por trás dela?
A justiça pode ser vista como o EQUILÍBRIO entre DIREITOS E DEVERES. Contudo, é mais, é muito MAIS: é a busca pela EQUIDADE E O RESPEITO A TODOS OS ENVOLVIDOS, presentes, ausentes, do passado, do futuro.
Em cada país podemos destacar heróis ou heroínas que lutaram pela justiça. Muito conhecido é o exemplo do pastor americano Martin Luther King Jr. que liderou movimentos pelos direitos civis nos Estados Unidos. É atribuída a ele a promoção da igualdade racial nos Estados Unidos! Como? Através de protestos PACÍFICOS. Sua frase, “A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar” está destacada em todas as partes do mundo, e ressoa até hoje.
Aqui no Brasil, temos inúmeros exemplos, mas dentro do que o país está enfrentando nas últimas décadas, quero destacar Chico Mendes. Ele DEFENDEU A FLORESTA AMAZÔNICA E OS POVOS QUE NELA VIVEM. Sim, essa causa foi e continua sendo uma luta por justiça, não só para um grupo de pessoas, mas para todos – inclusive as gerações do futuro – e, com toda convicção, para TODO o nosso meio ambiente, para todos os seres vivos na terra.
Entretanto, infelizmente, a justiça NEM sempre é clara. O que fazer quando ela parece entrar em conflito com os interesses pessoais? E ainda, existem LEIS que, ao invés de proteger, ACABAM PERPETUANDO INJUSTIÇAS?
A resposta muitas vezes exige mais do que seguir regras; com certeza ela demanda pelo menos mais três ‘ingredientes’: a compaixão, a sabedoria e a capacidade de olhar além do que é CONVENIENTE.
Por isso, precisamos perguntar como, em nossa vida diária, podemos ser mais justos. Creio que começa com nossa decisão sincera de ouvir o outro lado, para entender as perspectivas das outras pessoas.
Assim, por exemplo, na educação, ensinar a justiça vai além de ensinar a seguir normas. É muito mais! De uma forma especial, é incentivar as crianças NUM TIPO PENSAMENTO que além de CRÍTICO, é também COMPASSIVO, isto é, que considera o lado alheio – para que as novas gerações cresçam SABENDO DISCERNIR O CERTO DO ERRADO com BASE EM VALORES HUMANOS, e não apenas em leis escritas.
Poucas são as ideias aqui transcritas, e o assunto – a justiça – é vastíssimo. Mas é preciso começar num ponto prático, pois a injustiça ‘não descansa: logo, ela se intromete’.
Por fim, como e quando está certo celebrar a justiça?
Ela acontece quando pessoas são tratadas com DIGNIDADE, quando um grupo marginalizado alcança SEUS DIREITOS ou quando A VERDADE APARECE E PREVALECE.
Portanto, justiça é mais do que o cumprimento de regras. Ela é como se fosse algo vivo, cheio de energia, que está numa busca constante por um EQUILÍBRIO QUE RESPEITA O SER HUMANO EM SUA TOTALIDADE – seja em casa, na vizinhança, na igreja, no campo de futebol, nas decisões da Câmara e do Prefeito, no governo de um país.
A justiça não é um fardo. Ela é uma oportunidade de CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR, um ato de cada vez, e por cada um de nós.
Rev. Rudi Augusto Kruger – Faculdade Uriel de Almeida Leitão – [email protected]