Compaixão é uma qualidade que nos leva a sentir e agir diante do sofrimento alheio com bondade. É mais que uma emoção; é um reflexo profundo do caráter humano.
Um exemplo inspirador na Bíblia é a parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:25-37), onde um homem de outra cultura se compadece do sofrimento de um desconhecido ferido na estrada, enquanto outros passam sem ajudar. O Samaritano não apenas vê a dor, mas age para aliviá-la, cuidando das feridas e garantindo segurança ao homem. Essa história ecoa a compaixão verdadeira: ver, sentir e agir.
Na história, há vários exemplos de pessoas que se sacrificaram para ajudar o seu próximo – inclusive em situações muito difíceis, como em guerras. Como exemplo brasileiro, temos a Zilda Arns que nos ensinou o valor da compaixão. Como médica e fundadora da Pastoral da Criança, viu o sofrimento das crianças vulneráveis e agiu com compaixão, criando uma rede de apoio e cuidados para reduzir a mortalidade infantil no Brasil. É um exemplo muito nítido de alguém mostrando compaixão, o que não exige apenas empatia, mas ação.
E hoje?
Há muitas profissões que – quando cumpridas com compaixão – dão uma visão bem diferente de clichês que são espalhados por aí. Um policial, um soldado do Corpo de Bombeiros, um motorista de uma ambulância – tantas funções onde não basta ação. O coração precisa estar envolvido. Por isso, voluntários de instituições como o Exército de Salvação e a Missão Vida, que trabalham nas ruas brasileiras, estão oferecendo ajuda a pessoas com carência como os moradores de rua. Eles não apenas enxergam o sofrimento; escolhem agir, muitas vezes sem reconhecimento, apenas pelo desejo de aliviar a dor dos outros.
Na natureza, vemos a compaixão de forma impressionante. Elefantes, por exemplo, são conhecidos por ajudar membros feridos do grupo e até lamentar suas perdas. E árvores antigas que compartilham nutrientes com plantas jovens demonstram o mesmo princípio de sustentar a vida em comunidade.
Então, a pergunta é: Estamos dispostos a agir com compaixão?
Essa qualidade não exige grandes feitos; muitas vezes, começa com pequenas atitudes – ouvir alguém em sofrimento, estender a mão ou até simplesmente oferecer uma palavra de conforto.
Compaixão é escolha, e cada ato revela um pouco mais do nosso caráter e da contribuição que desejamos dar ao mundo.
Rev. Rudi Augusto Kruger – Faculdade Uriel de Almeida Leitão – [email protected]