Porquanto não tenho nenhum prazer na morte de quem quer que seja, afirma o SENHOR Deus. Ez. 18:32
Mais uma semana que vencemos! Parabéns a todos nós. Como vamos festejar?
Aí é que está o problema. Como celebrar, fazer festa, alegrar-se com nossas conquistas – a grande e difícil pergunta em nossos dias. Isso é assim para todo aquele que está consciente do que está acontecendo ao nosso redor. (Incrivelmente verdadeiro: há muitos, para quem tudo ainda está no mesmo. O fato, porém, é que não está! O mundo mudou. E mudou muito!)
Há uma exigência circulando no ar que ninguém quer levar a sério. Nesse vacilo, muita gente está se dando muito mal. Pergunta: Será que vamos encarar a NOSSA NOVA REALIDADE, aqui, em nossa região, nas nossas cidades, nas nossas vilas, no campo, na roça?
Hoje a informação mais nova é que MINAS GERAIS está chegando aos primeiros lugares em novos casos confirmados. Isso significa que, em breve, o número de vítimas será bem maior – e quem sabe (Que Deus tenha misericórdia de nós!), ficaremos disputando a primeira colocação no país! Nessa categoria, NÃO!
A previsão moderada para o interior do Estado é que os casos só irão aumentar. Hoje ainda estamos nas dezenas, mas a previsão é que entraremos nos mil casos por semana – e o que isso vai nos mostrar?
Onde buscaremos ajuda? Onde poderemos ser tratados? Onde poderemos ser curados?
Pessoalmente, não gostaria de estar no lugar dos médicos e enfermeiras, e administradores de hospitais. O que você faria no lugar deles, se você tivesse diante de si várias pessoas que dependem – para sobreviver – da internação, com toda a aparelhagem necessária? E, em se falando dos hospitais, qual é a realidade deles? As vagas são pouquíssimas. E, muitas vezes, nenhuma: o que você faria?
Como é sabido, tudo isso é motivo de ansiedade e medo que, por sua vez, podem causar no indivíduo os sintomas da doença. Como em qualquer teste, ele ‘funciona’, mas nem sempre.
Semana retrasada tínhamos uma forte suspeita em nossa família. Ficamos todos em quarentena. Pra que? Para evitar que mais pessoas fossem atingidas. Todos os suspeitos tiveram de ficar de alguma forma isolados. Isso não é fácil, pois nossas vidas foram construídas – nossas casas foram planejadas não como hotéis, ou presídios, mas como “ninhos”, e não importa o tamanho ou a beleza, LAR É SEMPRE UM LUGAR DOCE: lar, doce lar!
Conseguimos, graças a Deus, fazer o teste. Éramos cinco. O preço foi salgado. Mas que alívio e alegria no dia seguinte, quando veio o resultado: todos estávamos bem, mesmo quem apresentou vários dos sintomas, e que também já tinha sofrido bastante. Teste negativo: VIVA!
O isolamento foi a coisa mais certa que fizemos. Funcionou – aleluia!
E isso – caso acontecer em sua família – deve ser feito. É algo chato, difícil, incomoda, às vezes alguém se recusa – porém é necessário PARA O BEM de todos do GRUPO!
DEPOIS, ouvimos de outra pessoa muito querida em nossos círculos que estava internada em estado grave. Ficamos todos muito preocupados, até estivemos com lágrimas pensando na possibilidade de nunca mais ver o amigo. Muito triste, muito chocante – cruel de fato!
O que fazer? Fomos buscar auxílio. Mesmo não sendo parentes, e a pessoa distante de nós a mais de 300 km, começamos a clamar pela intervenção divina. Colocamos diante do Pai de todos nós a situação, e pedimos a Ele para não se esquecer de nosso amigo doente. Foi uma ação conjunta muito bonita, na qual choramos e clamamos juntos. Na medida que íamos clamando, fomos recebendo internamente o consolo, e a certeza de que tínhamos sido ouvidos, que nossa voz, mesmo fraca, nem sempre justos, conseguiu “perfurar” o bloqueio e que o Pai estava agindo, respondendo: o tratamento estava dando certo, e o nosso querido amigo pôde voltar ao convívio de seus queridos.
Sim, cremos que Deus responde ao nosso clamor, e que ninguém deve se sentir incapacitado ou indigno de levantar sua súplica, de dizer pelo menos o que aquele doente de Jericó, de nome Bartimeu, fez ecoar sem medo de ser criticado pelas outras pessoas. Em seu clamor, Bartimeu usou oito palavras, e as repetia enquanto sabia que Jesus estava perto: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! (Marcos 10:47)
Sendo bem franco, sou adepto de “clamar a Deus”. Tenho inúmeras experiências em que “Deus ouviu o meu clamor”. Convido você a não ter vergonha e fazer esse bem também – certamente haverá alguém do seu círculo por quem você pode clamar, e mesmo não sabendo o quanto sua oração ajudou, pelo menos você estará fazendo o que o Criador espera de nós.
Há uma barreira dentro de nós. Há aqueles que acham que – se Deus quer fazer algo para mim, eu nem preciso dizer isso a Ele: Ele sabe de todas as coisas. E isso é verdade!
Mas o que sempre tem me chamado a atenção é que Deus – Ele mesmo – nos diz para clamar a Ele por ajuda. E, numa circunstância bem singular, achamos registrado que Deus RECLAMOU porque ninguém estava clamando, inclusive pelo próximo! A passagem é incrível: fica em Isaías 59, versículo 16: Ele (Deus) viu que não havia ninguém (clamando), maravilhou-se que ninguém intercedeu…
O cúmulo do desinteresse pelo próximo!
Meu apelo hoje é que façamos tudo o que estiver no nosso alcance para salvar a vida de pessoas queridas, que conhecemos ou não. Em nossos dias batalhões de oração, intercessão, e clamor estão sendo levantados por Deus mesmo, pois Ele não deseja a morte de ninguém! (Ezequiel 18.32: Porquanto não tenho nenhum prazer na morte de quem quer que seja, afirma o SENHOR Deus…!)
Fiquei sabendo que no século passado se acreditava que as doenças infecciosas estavam e estariam totalmente sob controle. Em outras palavras, ninguém precisava se preocupar mais… Mas não foi bem assim. A gripe espanhola, que durou cerca de dois anos, de 1918 a1919, “ceifou” 35 mil vidas somente no Brasil! Comparação: hoje, 4 meses após a primeira vítima da Covid-19, já chegamos a mais de 70 mil pessoas! Uma situação muito pior que aquela gripe medonha!
É TEMPO DE ACORDAR! Vamos olhar para os fatos e pensar bem lá fundo dentro de nós: Causa de desgraça para os outros, de minha família, meus amigos, meus colegas de trabalho, de festa – será que quero ser isso? NUNCA.
Por isso, eu decidi levar a sério o que está sendo imposto pelas autoridades que estão sobre mim, e que realmente estão interessadas no meu bem-estar.
Num país do primeiro mundo, uma mãe contava pela TV estrangeira com muita tristeza e lágrimas que a filhinha dela, que ficara em casa durante o período de escolas fechadas, tinha estado bem. Aí, as escolas reabriram, e em poucos dias descobriram na própria casa deles várias pessoas infectadas – foi a menininha que trouxe a praga. Pois só ela é que estava saindo.
Muito sério isso. Não podemos fazer de conta que é uma gripezinha. É uma praga que está ao nosso redor. E que não respeita idade, raça, formação, profissão: todos somos vítimas em potencial!
Vejam, que legal: enquanto eu preparava este artigo, recebi uma ligação aqui de Caratinga, de uma jovem senhora, Dona Viviane. Ela pediu delicadamente se poderia ler um versículo bíblico para mim. Eu disse “Claro”, e ela leu Tiago 1.13: Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele a ninguém tenta.
Achei muito oportuna essa palavra. Há pessoas que não conseguem receber a ajuda de Deus (da qual falei acima), porque estão “de mal com Ele”!!! Pensam que quer nos fazer mal. A Palavra é muito clara: Deus NEM PODE ser tentado pelo MAL! Por que? Porque ELE É BOM, e – como diz a mesma Escritura – suas misericórdias duram para sempre!
Que você hoje possa receber uma palavra que lhe ajude, console, e dê direção ao seu caminho! Que toda a proteção de Deus esteja sobre você e seus queridos!
Rev. Rudi Augusto Kruger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – [email protected]