Desafiando Nosso Último Inimigo
Os conselhos sobre como lidar com o sofrimento eu deduzo da Bíblia, pois ela é para mim o melhor manual para uma vida de vitórias e conquistas – de uma felicidade com um significado verdadeiro.
A opinião geral é que com a morte acabou o nosso sofrimento. Pela Escrituras, porém, isso não é tudo. Pois nossa vida continua, ou, então, após a morte, cada um de nós vai colher o que plantou nessa vida: se a semente foi boa, a colheita será boa; se a semente foi má, colherá frutos maus, ruins.
Para postergar nossa morte há muitas coisas que cada um de nós pode fazer, como cuidar da saúde, dos relacionamentos, o que inclui também o cuidado de nossa alma: cada pensamento, cada sentimento que permitimos que se aloje dentro de nós, nos afeta diretamente, mais cedo ou mais tarde.
Uma história bíblica que sempre me impressionou foi a do monarca de Israel, o rei Ezequias, que viveu de 739 a.C. até 687 a.C.
Um dia, ele adoeceu e o profeta recebeu o recado do Autor da vida – Deus:
—O SENHOR diz a você Ezequias: “Coloque a sua vida em dia porque você vai morrer, não vai se curar”.
Você consegue imaginar a situação? Ele, chefe de uma nação, que tinha tido grandes conquistas – e agora uma úlcera era o sinal que sua vida tinha chegado ao fim?
O que ele fez?
Diz a narrativa: 2 Então Ezequias virou o rosto para a parede e orou assim ao SENHOR: 3 —SENHOR, lembra-te de que eu sempre te servi com todo o coração e fiz o que te agradava.
E Ezequias chorou amargamente.
Um rei chorando amargamente?!
Sim, a doença é algo sério, amedrontador, não importa nossa posição, ou conquistas que tivemos.
Deus é que tem a palavra final a respeito de nossa vida, dos dias que vamos viver.
Como podemos desafiar esses avanços reais que uma doença pode fazer?
Talvez, caro leitor, você esteja passando por algo assim, e já não saiba mais o que fazer. Pode ter sido um diagnóstico médico, ou apenas, um sentimento que você não consegue explicar.
Aqui está um homem poderoso, mas completamente indefeso diante do seu, do nosso último inimigo.
Já tenho mencionado a importância de clamar a Deus por ajuda. Isso é algo pouco científico, ou que muitos relegam a pessoas fanáticas, a pessoas simples demais.
Cuidado – esse rei sabia QUEM TEM O PODER em suas mãos: não era ele, mas o seu Criador.
Por isso, ao ouvir o veredito entregue pelo profeta, ele reagiu de forma muito “infantil” à primeira vista: … ele virou o rosto para a parede.
Atitude estranha, não é? Mas, diz lá também, que ele …orou… Onde está aquele homem forte, poderoso, capaz de entrar na batalha e enfrentar os inimigos mais cruéis?
Nossa pergunta é: Como enfrentar este inimigo infalível? Como enfrentar esse sofrimento?
Sendo bem franco: É difícil saber como eu iria reagir numa situação idêntica. Teria eu coragem para NÃO ACEITAR o veredito do fim, do meu fim?
“A noite inteira eu pedi ajuda… disse o moribundo. Mas ele [Deus] partiu todos os meus ossos como um leão, dia e noite ele foi acabando comigo. 14 Pio como uma andorinha, e gemo como uma pomba. Os meus olhos estão cansados de tanto olhar para o céu. Meu Deus, estou muito aflito, ajuda-me. 15 Mas, que posso eu dizer? Foi ele que decidiu e que fez. 16 … Dá-me saúde, deixa eu viver!
A história acabou bem: Deus lhe acrescentou mais 15 anos!
Neste seu cântico de gratidão (registrado por Isaías – 38:10-20) ele termina assim:
17 Foi para o meu bem que sofri tanto. Mas tu salvaste a minha vida da cova, porque jogaste para trás de ti todos os meus pecados.
Caro leitor, que a gente nunca esqueça dessa história do rei Ezequias que não aceitou que sua doença era terminal: Ele insistiu com Deus.
Nosso Criador, o Senhor sobre todos, acrescentou-lhe mais 15 anos de vida!
Que essa seja a nossa experiência também!
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum; E-mail: [email protected]