O Hino Nacional brasileiro expressa grandes esperanças para o futuro de nosso país. Um dos versos de nosso Hino Nacional, escrito por Joaquim Osório Duque-Estrada, nos diz: “Fulguras ó Brasil, florão da América”. Tais palavras trazem a ideia de que o nosso país estava se “sobressaindo” com grande valor diante dos países da América.
Ao contrário do verso, nosso país hoje tem se sobressaído e se destacado diante dos outros países somente por notícias que o denigrem, que sujam sua imagem, que desmoralizam nosso povo e nossa nação. Nosso país tem se destacado pela imoralidade, pelo desrespeito, pela corrupção, e pelas falcatruas, que só fazem jogar seu nome na lama. Sendo todas essas coisas, em sua grande maioria, cortesia de nossos políticos, que tanto se esforçam para que nosso país continue com esse status. Tudo isso fez com que, há muito tempo, o Brasil deixasse de ser o “florão da América”, e a se destacar como tal.
Entre outras coisas que o poeta nos apresenta como suas esperanças para o futuro da nação, destaco três coisas que nos mostram que o Brasil em que nós vivemos hoje não é, nem de longe, o país que o autor de nosso hino esperava que fosse, mostrando como foram esquecidos os ideais de Duque-Estrada, vistos hoje como uma utopia.
O poeta nos diz, nos versos do hino: “Brasil, de amor eterno seja símbolo.” (…) /“E diga o verde-louro dessa flâmula, paz no futuro e glória no passado. / Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta…”
Ao olharmos para a sociedade brasileira atual, podemos dizer que nosso país é símbolo de “amor eterno”? Como brasileiros, indivíduos dos quais essa nação é formada, podemos dizer que praticamos o amor a ponto de tal sentimento ser o símbolo de nossa nação? Muito pelo contrário! Nosso país tem se destacado pela violência, pelo desrespeito, pela falta de compaixão e piedade, e tem sido conhecido por isso. Essa falta de amor, pela qual nosso país é reconhecido, é só um reflexo das atitudes e da forma de pensar dos indivíduos que formam nossa nação. Esse amor, que o poeta diz que deveria ser o símbolo de nosso país, nos leva à outra de suas esperanças: “paz no futuro”. Nunca haverá a paz sem o amor, sem a compreensão, sem o respeito uns para com os outros, e isso deve ser praticado em todas as escalas da sociedade. A paz depende diretamente do amor e, em um país onde não há amor, também não haverá a paz.
E por fim, o futuro que o poeta esperava para a nação era um futuro de justiça: “Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta“. O futuro que ele esperava era um futuro de pessoas que lutavam pela justiça, que não temiam lutar para que a justiça fosse feita, mas, como tudo o que nós vimos até aqui, a nossa realidade é totalmente o contrário: o que mais se vê em nosso país é injustiça. A injustiça impera, sem diferença de raça, cor, credo, ou classe social. Em nosso país, vale tudo para que uma pessoa se dê bem em cima da outra, mesmo que injustamente, assim, o amor é desconsiderado e, como consequência, a “paz no futuro” nunca chega…
Wanderson R. Monteiro
(dudu.slimpac2017@hotmail.com)
São Sebastião do Anta – MG