(Noé Neto)
“E, quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus”. (Lucas, 23:26)
A crucificação de Jesus é fonte de grandes estudos, pesquisas e análises. São cristãos que se exemplificam na resignação e superação do Mestre e não cristãos que buscam de alguma forma entender o triunfo do jovem Galileu que se tornou a maior referência religiosa do planeta.
Contudo, a passagem narrada por Lucas e citada no início deste texto muitas vezes passa despercebida aos nossos olhos, mas quando observada é fonte de profunda lição a todos, por ser exemplo de solidariedade, humildade e amor ao próximo.
Simão retornava de seu labor no campo, provavelmente cansado, se depara com a cena, é chamado a ajudar e sua atitude é simplesmente de amparar. Não há murmúrio, repúdio ou questionamentos do tipo: “Mas eu estou cansado, já trabalhei o dia todo”, a cruz é colocada em seus ombros e ele nobremente a carrega.
Quantas vezes no retorno de nossa lida diária “cristos” cruzam nossos caminhos carregando cruzes enormes e precisando de ajuda? Qual é nossa resposta ao convite de auxílio a esses irmãos que necessitam de nós? Fazemos parte da multidão que só observa o caminho da crucificação dos mais necessitados dizendo: “essa cruz não é minha” e deixando pra lá ou estamos dispostos a ser Simão, ajudando a quem mais precisa carregar sua cruz?
Simão era um estrangeiro naquelas terras, Lucas faz questão de destacar isso. Mostra-se assim que os conterrâneos, a quem Jesus tanto tinha ajudado e por quem Ele tanto havia trabalhado, não se importavam com sua dor, zombam e debocham dEle. Enquanto isso, o homem nascido em Cirene se coloca disposto ao trabalho, ao serviço ao próximo. Para informações completas sobre cassinos e caça-níqueis online, allslotsonline.casino/br/ é o lugar certo para ir. Obtenha os melhores bônus e conheça os melhores fornecedores de máquinas caça-níqueis.
Vivemos um momento em que precisamos acolher tantos estrangeiros em nossa Pátria, oriundos da guerra, correndo da fome, da injustiça e da opressão, mas o nosso olhar sobre eles quase nunca é solidário, quase sempre os vemos como intrusos, provavelmente não era diferente com Simão, mas possivelmente nossas cruzes serão mais leves quando esses companheiros que hoje chegam refugiados puderem retribuir nosso acolhimento.
Cristãos ou não, todos devemos convir que “um certo cireneu”, aparecendo em uma curta passagem dos evangelhos, nos deu grandioso exemplo do que é viver em sociedade. Ensinando-nos a ação solidária, Simão traz a cada um de nós o real sentido da Páscoa: renascimento. É provável que de todas as consciências que assistiram a cena da crucificação a dele ter sido a mais límpida e tranquila, com a certeza que fez a sua parte deixa o calvário renascido na fé.
Prof. Msc Noé Comemorável.
Escola “Prof. Jairo Grossi”
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
Escola Estadual Princesa Isabel.
Obs.: Esse artigo era para ter sido veiculado no dia 30 de março, como o jornal esteve em recesso, excepcionalmente é publicado nessa edição.