Viviane Lopes entrou para casting de bailarinas de quadros do programa da Rede Globo. Primeira apresentação repercutiu no último domingo (12)
UBAPORANGA- No último final de semana, muitas pessoas de Ubaporanga e região pararam para ver o sonho de uma jovem bailarina de 21 anos se realizar. Viviane Lopes do Nascimento, ou simplesmente Vivi, como é conhecida, se apresentou no balé do Show dos Famosos, quadro do Domingão do Faustão, programa da rede Globo.
Viviane sempre almejou participar do programa e vem se dedicando a isso, realizando cursos de capacitação e com acompanhamento profissional com Juliana Anselmo, na Escola de Dança Aplauso. A oportunidade se deu recentemente, após passar por uma audição de testes concorrendo com mais de duas mil garotas. No domingo (12), ela dançou ao vivo no programa, durante a apresentação do cantor Diogo Nogueira, que interpretou o cantor canadense Michael Bublé.
O talento artístico da jovem já é conhecido na região e agora nacionalmente. Ela ainda é modelo, coleciona 14 premiações em dança e já ganhou quatro concursos de miss. Dedica-se ainda a trabalhos sociais e atualmente é professora no Centro de Referência da Assistência Social (Cras), orientando crianças e adolescentes no projeto ‘Dança Mais Saúde’.
Os pais de Viviane estão radiantes diante do início de um sonho realizada para a filha. Antônio Dias do Nascimento afirma que é difícil não se emocionar ao analisar a trajetória da bailarina. “Desde o começo que ela falou que tinha passado, que tinha que ir para São Paulo rapidamente para o Globo, não sabia nem o que fazer. No fim de semana juntamos uma turma, os amigos dela, da gente e fizemos aquela festa para assistir. Quando vi ela no palco a emoção foi demais, vontade era só de chorar, até agora estou passado. Só tenho a gradecer muito a professora dela, a Juliana, que se não fosse ela a Viviane não estaria lá e a todos que torceram por ela”.
Vanilda Lopes, mãe da jovem, incentiva às famílias que apoiem e acreditem nos sonhos dos filhos, como ela fez. “Muita alegria, feliz demais, é muita gratidão porque é um sonho realizado, que ela sempre sonhou desde criança e sempre lutamos com ela, porque não é fácil. Mas, feliz demais por ela ter chegado graças à Deus, no Faustão. Ficamos com muita ansiedade na hora de assistir ela, mas foi muito bacana. Eu nunca desisti de ajudar ela, sempre ela se esforçava e eu andava muito longe, procurando dança para ela. Se o filho tem um sonho, não desista, porque a gente chega lá”.
Nesta entrevista, Viviane fala sobre o amor pela dança e a experiência de dançar pela primeira vez em rede nacional. O primeiro passo para a realização do grande sonho: fazer parte do elenco fixo do balé de Faustão.
Quando despertou seu interesse pela dança?
Desde quando eu era bem pequenininha, cinco anos de idade mais ou menos conheci a dança através do Balé do Faustão. A gente assistia o programa e eu ficava louca, muito impressionada com as bailarinas e ficava na frente da televisão tentando imitar elas (risos), fazendo igualzinho a elas.
Como esse desejo se transformou em uma meta?
Nós morávamos na zona rural e não tinha na época nenhuma aula de dança aqui, não conhecíamos direito Caratinga, até que comecei aos 13 anos fazer aula de Jazz com uma professora de Educação Física, ela fazia aula em Caratinga com a Juliana Anselmo e passava para a gente aqui. Com 16 anos fui para a Aplauso e comecei a fazer as aulas profissionais com a Juliana, depois tirei meu DRT (registro profissional) e até hoje não parei de fazer aula. Sempre tive muita vontade de dançar, queria muito ser igual àquelas bailarinas, então cresci querendo fazer aula de dança, aprender a dançar, para estar no Faustão.
O que a dança representa para você?
A dança representa um dos maiores amores da minha vida. Eu falo que nem trabalho, faço com tanto amor, dou aula, danço com tanta paixão, que não sei nem explicar a sensação que é.
Você tem preferência por algum estilo musical?
Gosto muito de todas as danças, mas o que me chama bastante atenção é o Jazz, Street Dance (dança de rua), aquelas danças do Faustão (risos) e dança do ventre.
Como surgiu a oportunidade de se apresentar no Domingão do Faustão?
Há uns dez meses conheci um projeto que se chama Bailarinas da TV, da Débora Salvioni. Ela faz vários vídeos, tem um site, faz monitoria, então comecei a fazer workshops e há uma lista de transmissão onde ela manda para todas as alunas trabalhos como modelo e dançarina, além de teste. Já fiz vários testes, em um programa em São Paulo e também para o balé da Luísa Sonza, através da Débora. E esse ano surgiu a oportunidade do teste na Globo, me preparei, eram três etapas, consegui passar em todas e o resultado saiu em abril.
Como é a rotina de preparação para a apresentação no programa?
É um pouco corrido, mas é uma coisa muito gostosa. Ensaiamos na sexta-feira com as meninas em São Paulo por uma hora e no sábado fazemos o ensaio geral com todas as bailarinas e os famosos, como se fosse no dia mesmo. No domingo é o ao vivo.
Você está compondo o casting de bailarinas dos quadros do Domingão do Faustão. Você almeja o fazer parte do elenco fixo do balé?
Agora é meio que freelance, até conseguir ser uma das bailarinas oficiais. Tem um grupo no WhatsApp de disponíveis e eles escolhem, fazem tipo um casting todo mundo. Mas, o meu grande sonho é ser oficial, de dançar lá eu já realizei.
Como foi a repercussão de sua apresentação?
Estou até muito agradecida por todo mundo aqui de Ubaporanga, Caratinga, Inhapim e região, porque pararam para me assistir, todo mundo me mandando muita mensagem, me homenageando, todos me param na rua e me dão parabéns. É uma gratidão muito grande. Sou muito grata a toda minha família, amigos, que desde criança sempre me apoiaram nesse sonho, as pessoas que me conhecem ou me seguem no Instagram, sempre mandando energias positivas. Minha felicidade ficou maior ainda em saber que tantas pessoas me apoiam e mandam essa energia tão gostosa de ficar lendo e ouvindo.
O apoio da família é fundamental. De que modo seus pais reagiram e têm lhe acompanhado na busca por esse sonho?
Vejo que eles estão muito orgulhosos de mim, no começo eles tinham muito medo, por questões de ir sozinha para São Paulo. Mas, eles foram vendo que eu não desisti, batalhei e começaram a me apoiar.