*Eugênio Maria Gomes
O ano de 1995 foi marcante, no Brasil e no mundo, tanto positiva, quanto negativamente, a exemplo do massacre dos Sem-terra em Rondônia, da passagem dos cinquenta anos do primeiro teste da bomba atômica ou dos atos de intolerância religiosa ao culto a Nossa Senhora. Mas, nesta data tão especial, fiquemos com a “parte boa” dos acontecimentos ocorridos naquele ano.
Por meio do esporte, Nelson Mandela conseguiu reunir, pela primeira vez, negros e brancos em torno de um mesmo objetivo, mudando por completo a África do Sul, racista e violenta; o DVD foi inventado e os avanços na ciência foram significativos, de maneira especial na área da genética.
Em terras Tupiniquins, foi quebrado um ciclo de estagnação econômica, a partir da posse de Fernando Henrique Cardoso. Seu primeiro mandato trouxe a estabilidade e ajustes do Plano Real – do qual ele foi um dos protagonistas na implantação, na condição de Ministro da Economia de Itamar Franco -, responsável por tirar o país de estratosféricos 1200% de inflação anual, passando-o para 20% no início de 1995. Um ano no qual, também, teve início o período de expansão da nossa economia, com a entrada de significativa quantidade de capital estrangeiro. Um ano em que a internet entrou, definitivamente, em nossas vidas.
Falando em bons acontecimentos no ano de 1995, aqui na região o Esporte Clube Caratinga passou para a primeira fase do Módulo II, do Campeonato Mineiro; ocorreu o desmembramento do distrito de Piedade de Caratinga e nasceu um grande jornal impresso, o Diário de Caratinga. Um ano em que a imprensa estava focada em campanhas contra o tabagismo, o uso excessivo do álcool e no necessário uso do cinto de segurança.
O Diário de Caratinga nasceu para ser uma sucursal do Diário do Aço, de propriedade do Sr. Wilton Rodrigues. Acontece que, em pouco tempo, ele demonstrou que não poderia ser, apenas, um apêndice do outro Diário, ganhando ainda mais força e importância, sob o comando das irmãs Vera e Cida, com o nome de Jornal Diário de Caratinga. Uma novidade para todos, acostumados ao acesso às notícias, de Caratinga e região, apenas nos fins de semana. Com orgulho, passamos a dizer que a cidade tinha o seu próprio jornal diário.
Já são trinta anos de existência, informando e registrando a história da cidade, da região e de seus cidadãos, utilizando-se atualmente não apenas da impressão em papel, mas da internet e de toda a tecnologia disponível, reproduzindo nas telas, com muita rapidez – às vezes no momento em que acontecem -, os fatos mais importantes da cidade e de seu entorno.
Só mesmo a credibilidade, a verdade e o dinamismo na entrega da notícia, a excelência da equipe e a obstinação de suas diretoras são capazes de manter um jornal diário, por trinta anos ininterruptos. Parabéns ao editor, aos jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e diretores. Parabéns e obrigado, JORNAL DIÁRIO DE CARATINGA.
*Eugênio Maria Gomes é escritor e comunicador.