Chuvas que caíram na semana passada deixaram o trecho intransitáves
CARATINGA – No dia 13 de agosto de 2009 foi assinada a ordem de início para as obras de complementação da pavimentação asfáltica de um trecho de aproximadamente 60 quilômetros da rodovia BR-474. A pavimentação perfaz um total de 159,7 quilômetros que ligam os municípios de Caratinga, Ipanema e Aimorés.
A obra total seria resultado de convênio firmado entre a União e o Governo do Estado no valor R$ 53 milhões, dos quais, aproximadamente R$ 42 milhões seriam repassados pelo governo federal e o restante do Governo de Minas.
No entanto, a obra não foi realizada. Mais tarde, foi feito o recapeamento do asfalto em 32 quilômetros de estrada, enquanto os 11 quilômetros em questão não foram contemplados.
Sempre que chove os transtornos se repetem. O acesso fica dificultado e chegar a Ipanema é uma tarefa bastante difícil. É preciso buscar algumas alternativas, por exemplo, passar pela cidade de Manhuaçu. E com as chuvas registradas na última semana a estrada ficou praticamente intransitável.
O DIÁRIO DE CARATINGA traz os relatos de alguns motoristas que passavam pelo local no último final de semana e enfrentaram diversos transtornos. Alguns ficaram com seus veículos atolados e precisaram de ajuda de outras pessoas que passavam pelo local. Os momentos de tensão foram flagrados por Luiz Vicente, o ‘Van Gogh’.
Renato – Puxador de leite de São Joao do Jacutinga para a Cooperativa Agropecuária de Ipanema Ltda (Capil). Segundo ele, há 8 anos trabalhando no trecho, no tempo de chuva é a mesma coisa. “Somente passa pela estrada usando corrente e têm dias que nem com corrente se consegue passar”.
Luiz- Morador de Ipanema e vinha sentido Caratinga. Segundo ele, a estrada agora até estava boa, se comparada com outros episódios. “Dias atrás não passava nada. Esta é a estrada da mentira”.
Zezé- Morador de Caratinga. Ele e dois ajudantes iam sentido a Ipanema fazer entregas. O caminhão não conseguiu enfrentar a lama. Segundo ele, o prejuízo é grande, pois estavam a 10 quilômetros de Ipanema e não tinha como passar. “O jeito é voltar para Caratinga, fica o prejuízo do diesel e do tempo perdido, além de não realizar as entregas programadas”.