Ele é investigado por fraude contra o DPVAT. Documento permite que Thales aguarde em casa
DA REDAÇÃO – Nesta terça-feira (19), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais concedeu em parte habeas corpus em favor do médico Thales Edison Chaves, que se encontrava detido desde o dia 10 de maio de 2017. Junto do militar Mauro Célio Lourenço, Thales é investigado por fraude contra o Seguro do Trânsito – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
Conforme informações obtidas pela reportagem, o habeas corpus permite que ele aguarde em casa. Outra informação refere-se a que o médico irá passar por tratamento de saúde, pois se encontra enfermo. Thales estava detido em Belo Horizonte.
Sobre o outro investigado, Mauro Célio, ele ainda se encontra detido no 11º Batalhão de Polícia Militar, em Manhuaçu.
ARANHA DO DESERTO
A Operação denominada “Aranha do Deserto” foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), formado pelo Ministério Público e as Polícias Militar e Civil. Sendo ela a continuidade das ações que investiga fraudes ao seguro DPVAT.
O GAECO/Regional Ipatinga, para fins de viabilizar a conclusão das investigações, em cumprimento às ordens de prisões decretadas pelo Poder Judiciário, efetivou no dia 10 de maio de 2017 em Caratinga a prisão preventiva de outros dois denunciados no aludido esquema. As prisões foram resultado da investigação desenvolvida há meses.
Apurou-se que a horda criminosa agia de forma articulada, onde agenciadores/despachantes procuravam pessoas que teriam se envolvido em acidentes automobilísticos, cobrando valores em torno de 30% a 50% do valor recebido pelo beneficiário, já que ilicitamente promoveriam o incremento do valor a ser pago ao beneficiário, tudo de forma criminosa e valendo-se da administração pública para tanto. “Nesse sentido, buscando valores elevados, para sustentar o esquema criminoso, fraudavam documentos com as participações de outros agentes. Eles simulavam lesões inexistentes ou, quando de fato existiam, alteravam os laudos de forma a aumentar as intensidades das lesões e elevar de forma ilícita o benefício que era recebido. O objetivo era aumentar a vantagem pecuniária do beneficiário, compartilhando-se os ganhos com os integrantes da organização criminosa. Cabe registrar que em fases anteriores já foram oferecidas duas denúncias, sendo uma em Timóteo e a outra em Inhapim”, citou nota do GAECO.