Copasa justifica afirmando utilização de fogo para desmonte de rochas do leito do rio. Terra seria colocada para cobrir os pontos onde ocorrem as demolições. Segundo a Companhia, medida visa afastar o risco de explosão
CARATINGA – Parte das obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Caratinga executadas pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) tem causado polêmica entre comerciantes e moradores. Trata-se das intervenções que estão sendo realizadas para a implantação de interceptores de esgoto na margem do Rio Caratinga.
Chama a atenção de quem passa próximo à antiga sede do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caratinga, o volume de terra que está sendo depositada pela Copasa no rio. Algumas pessoas levantaram a hipótese de tratar-se de um crime ambiental.
O fato teria sido levado a conhecimento do Ministério Público, que recomendou que a Polícia de Meio Ambiente e o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codema) fizessem uma vistoria no local, avaliando as possíveis irregularidades.
A Reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Copasa, que justificou a medida através de nota. De acordo com a Companhia, para possibilitar a implantação do receptor de esgoto no trecho compreendido entre a ponte metálica do final da Avenida Marechal Deodoro até o pontilhão da Avenida Dário Grossi, na margem esquerda do rio, a Copasa executa o serviço de talude (N.E:.terreno inclinado que limita um aterro e tem como função garantir a estabilidade do aterro) e a construção de uma faixa de acesso de máquinas.
Ainda de acordo com a Copasa, o leito do rio, nesse local, é composto por rochas que estão aflorando. “Com isso, é necessária a utilização de fogo para desmonte dessas rochas. Para minimizar os riscos com as construçoes próximas à calha do rio e evitar acidentes com moradores, empregados e transeuntes, é preciso colocar terra para cobrir os pontos onde ocorrem as demolições para afastar o risco de explosão”, afirma em nota.
A Copasa reitera que após a execução das obras irá retirar toda a terra que caiu dentro rio.