CARATINGA – Quem nunca ouviu o termo “comida de hospital”? É comumente utilizado ao se referir a uma comida sem sabor ou sem graça. A dieta hospitalar faz parte do tratamento dos pacientes que estão internados, e tem como um dos objetivos recuperar ou preservar o estado nutricional desse indivíduo. Dessa maneira, a alimentação desempenha um papel muito relevante e terapêutico na recuperação hospitalar.
A coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Irmã Denise, Letycia Maia Araújo Rocinski, explica que na instituição a avaliação nutricional é realizada de maneira individualizada e baseada nas preferências e hábitos alimentares do paciente. “Quando o paciente é internado na instituição realizamos o primeiro contato e através desse contato fazemos a triagem nutricional e a anamnese. Conhecemos um pouco mais da necessidade e das preferências do paciente, e então utilizamos o nosso cardápio para fazer adaptações na consistência da dieta, avaliamos e ele tem intolerância e então nós conseguimos individualizar o cardápio através dessa avaliação detalhada da necessidade do paciente”.
Além disso, a equipe do hospital desenvolveu um Protocolo de Atendimento Nutricional baseado nas orientações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e para realizar esse tipo de planejamento alimentar é necessário formação específica. “É necessário a formação. Graduação no curso de Nutrição além de especializações na área de dietoterapia, terapia nutricional enteral, terapia nos nutricional parenteral, que são os trabalhos mais realizados por esse profissional dentro da instituição”, orienta a nutricionista.
De acordo com, Letycia Rocinski, o Hospital Irmã Denise utiliza Técnicas Dietéticas para desmistificar o termo “comida de hospital”. “Aqui na nossa instituição temos o curso de nutrição que oferece o laboratório de gastronomia, onde os alunos aprendem a fazer preparações diferentes e através dessas técnicas conseguimos transformar uma simples preparação de carne moída, por exemplo, numa preparação mais elaborada e gostosa. Temos conseguido mostrar para o paciente que ele não precisa comer mal, que comida de hospital não é só sopa. Por meio dessas técnicas nós conseguimos apresentar um prato mais completo, mais bonito e mais saboroso aos nossos pacientes”, finaliza a nutricionista.