Os registros de ocorrência são dos municípios de Marliéria, Santa Rita de Minas e Pingo D’Água e os eventos aconteceram nos meses de fevereiro e agora no início de março
DA REDAÇÃO- A Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Ambiental e Saúde do Trabalhador, emitiu alerta sobre a ocorrência de casos suspeitos de raiva animal em bovinos e equinos, nos municípios sob sua jurisdição. Os registros de ocorrência são dos municípios de Marliéria, Santa Rita de Minas e Pingo D’Água e os eventos aconteceram nos meses de fevereiro e agora no início de março.
“Diante desta situação, recomenda-se que, toda pessoa que tenha contato direto com animais suspeitos, procure atendimento nas unidades de saúde para avaliar o tipo de exposição e a necessidade de iniciar o esquema profilático; adverte-se que o município notifique a suspeita de ocorrência de casos de raiva em animais de produção, como bovinos, equinos, etc, para a Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano – SRSCFA e ao Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA; realize o monitoramento da raiva animal, para que se evite a ocorrência de casos humanos, realize e avalie os bloqueios de foco, realize e avalie as campanhas de vacinação de caninos e felinos, proponha e avalie medidas de prevenção e controle e realize de forma contínua ações educativas”, orienta.
O alerta ainda descreve que a raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções dos animais infectados, principalmente pela mordedura e lambedura. Sua manifestação clínica caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade de aproximadamente 100%. “Os quirópteros (morcegos) são os responsáveis pela manutenção da circulação do vírus no ambiente silvestre; entretanto, outros mamíferos, como canídeos silvestres (raposas e cachorro do mato), felídeos silvestres (gatos do mato), outros carnívoros silvestres (jaritatacas, mão pelada), marsupiais (gambás e saruês) e primatas (saguis), também apresentam importância epidemiológica nos ciclos enzoóticos da raiva”.
A doença afeta também animais de produção como bovinos, equinos e outros. Já na área urbana, os cães e gatos são os principais animais potenciais de infecção. “Ressalte-se que a portaria de consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017, publicada pelo Ministério da Saúde, define as doenças ou agravos em animais de notificação compulsória imediata, com base na vigilância animal e considera a raiva como doença ou agravo em animal de notificação imediata. Desta maneira, a notificação compulsória da suspeita de ocorrência da raiva é uma estratégia de vigilância animal, com foco nas doenças ou na morte de animais, ou grupo de animais, que possam apresentar riscos à Saúde Pública”.