Boletins são divulgados diariamente pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM)
DA REDAÇÃO – Historicamente, o mês de janeiro é conhecido pelas chuvas de verão e, neste início de 2024, não está sendo diferente para os moradores da Bacia do Rio Doce. Entre os dias 01 e 08 de janeiro, choveu aproximadamente 60 milímetros na Bacia do Rio Doce. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), para os próximos 7 dias, os órgãos de meteorologia indicam uma chuva média de aproximadamente 50 milímetros. Por isso, para auxiliar na prevenção e gestão de crises relacionadas ao período chuvoso, está em operação o Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
“O monitoramento dos rios é feito por meio de sensores de nível, que medem a variação das águas com alta precisão. Esse monitoramento minimiza o impacto de eventos críticos. Então, é muito importante que a população fique atenta aos boletins que estão no site do SGB, que apresenta medições bastante precisas nas 11 estações monitoradas”, destaca o coordenador do Grupo de Trabalho do Sistema de Alerta para Gestão da Cheias e integrante da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC), do CBH Doce, Marlon Coelho.
A plataforma divulga, de forma sistematizada, boletins que trazem previsões sobre os níveis de vazão da calha dos rios, informando o volume e tendências de vazão, contribuindo com a construção de planos de contingenciamento de cheias e minimizando o impacto de eventos críticos. Os boletins são atualizados diariamente pela plataforma SACE.
“Temos dois tipos de boletins: o de alerta e o de monitoramento. Atualmente, estamos emitindo somente os boletins de monitoramento. O boletim de alerta, com as previsões, emitimos quando os níveis atingem a cota de alerta em alguma estação/município, ou seja, a cota de alerta indica que há uma possibilidade elevada de ocorrência de inundação e atualmente não há riscos iminente”, destaca o Coordenador Nacional do Sistema de Alerta Hidrológico – (SGB), Artur Matos.
ESTAÇÕES
As estações de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil estão localizadas às margens dos rios. Esse método de acompanhamento é complementar às tradicionais réguas linimétricas, pois transmite os dados de níveis via satélite de hora em hora.
Atualmente, onze estações estão em operação na Bacia do Rio Doce, localizadas nas cidades de Ponte Nova, Nova Era, Timóteo, Belo Oriente, Açucena, Governador Valadares, Tumiritinga, Colatina e Linhares. Por haver integração e operação única, o Sistema de Alerta de Hidrológico é capaz de apontar, com segurança, o nível dos rios.
INVESTIMENTO CBH DOCE
Com o objetivo de fortalecer a ferramenta, por meio da atualização da modelagem hidrológica, hidráulica e de reservatórios, além dos mapas de inundação e da disponibilização dos dados em tempo real, o CBH Doce está investindo mais de R$ 1,3 milhão, por meio do Programa de Convivência com as Cheias. O programa prevê a realização de atividades de monitoramento, por meio de dados hidrométricos das estações fluviométricas e pluviométricas, registros da Defesa Civil e acompanhamento da ocupação de áreas de risco por imagens de satélite.
ATUAÇÃO NO PERÍODO DE CHEIAS
Cabe ao CBH Doce, por meio de Grupo de Trabalho de Cheias, apoiar, articular e acompanhar estudos, projetos e ações relacionadas à operação, ampliação e modernização do Sistema de Alerta Hidrológico na Bacia do Rio Doce. Também é competência desse grupo apoiar, articular e acompanhar o desenvolvimento das ações hierarquizadas no PAP 2021-2025 no âmbito do Programa de Convivência com as Cheias.
Também é responsabilidade dos comitês a articulação para a abertura da Sala de Crise da Cheia do Rio Doce, que reúne representantes da Casa Civil da Presidência da República, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Defesa Civil dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da AGEDOCE, sob coordenação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Durante as reuniões, são repassadas informações atualizadas sobre o monitoramento e previsões de cheias.