Medida, aliada ao trabalho de fiscalização, tem por objetivo coibir infração considerada grave
A cena é comum. Pessoas estacionadas sobre as pontes, local considerado proibido de acordo a legislação, fator que tem sido desrespeitado por inúmeros condutores de veículos. Para alertar a população, está sendo feita a sinalização das pontes e um trabalho de fiscalização. De acordo com sargento Nilson, a intenção é trazer um trânsito mais seguro para os condutores, além de priorizar a segurança ao pedestre. “Fazer com que a cidade tenha mobilidade, um fluxo seguro e que diminua as retenções para que a cidade desenvolva no trânsito. Temos visto muitas pessoas estacionarem nas pontes, que, como os viadutos e túneis, são proibidos o estacionamento, como está previsto no Código de Trânsito Brasileiro, no seu artigo 181, inciso 14”.
Mas, as pontes não são o único problema, quando o assunto é estacionamento proibido. As infrações têm se multiplicado em vários pontos da cidade. “São várias as infrações que temos observado. Muitos condutores de veículos particulares ou até mesmo de aluguel param em pontos de ônibus, prejudicando o transporte público. O desrespeito às pessoas com deficiência física, idosos, estacionando em locais onde está preestabelecido o estacionamento para elas. Veículos estacionados sobre calçadas, em frente a hidrantes de incêndio, em meio fio de calçada rebaixada para entrada e saída de veículos, que é porta de garagens; estacionados em carga e descarga, impedindo pessoas que estão trabalhando ou comprando no comércio”.
O problema do trânsito de Caratinga tem se tornado bastante complexo, considerando o aumento do número de veículos, frente à estrutura da cidade. Segundo contabilizado por sargento Nilson, são 32 mil veículos registrados, sem somar ainda a esta conta, veículos de cidades vizinhas, que circulam diariamente no centro. “A cidade não cresceu, não mudou, a situação é a mesma: muitos veículos e pouco lugar para estacionar. As grandes cidades, não só Caratinga, mas várias cidades têm um desafio com relação ao estacionamento. As pessoas, não que façam por questão de má fé, mas falta de espaço público para estacionar e muitas vezes com o compromisso todo atrasado; acabam estacionando na primeira vaga que avistam e essa vaga pode ser proibida. Nosso alerta é que a pessoa seja cuidadosa e observe as placas, a sinalização”.
O diretor do Departamento de Trânsito de Caratinga, Caio César de Farias Gomes, acrescenta que as mudanças que têm sido promovidas pelo Caratrans, desde a municipalização do trânsito, visam não somente a fiscalização, mas a educação dos condutores. “Bons frutos têm sido colhidos, mas, ao mesmo tempo, ainda temos muito a melhorar. O ser humano ainda precisar sair um pouco da zona de conforto, que é onde bato mais na tecla. Tenho trazido essa ideia do comportamento humano, da psicologia e o que a gente vê hoje é que o ser humano tem muita dificuldade de mudança. O que está acontecendo em Caratinga é uma crise no trânsito, mas, crise é mudança e implica muitas questões. Vemos muitos argumentos da população, por exemplo, que há anos para em determinado local, mas, o sempre nem sempre é certo. A grande dificuldade é perceber isso”.
Caio acredita que a população precisa se conscientizar sobre a importância de buscar um trânsito mais seguro. “A gente vê as pontes de Caratinga sempre lotadas e agora estamos criando essa mentalidade de reforçar, através da pintura, campanha educativa e fiscalização que não pode parar nas pontes. Vivemos um momento delicado, as pessoas precisam entender que há uma necessidade de mudança. A população precisa ser parceira, multiplicador e exemplo, para o outro”.
Estacionar em pontes é considerado infração de natureza grave, o que equivale a cinco pontos na Carteira de Habilitação e autuação no valor.