CARATINGA – Ao som de apitos, empunhando cartazes e dizendo palavras de ordem, analistas e técnicos da Superintendência Regional de Ensino (SRE) fizeram uma manifestação na manhã de ontem na Avenida Catarina Cimini. Eles pedem reajuste salarial e avisam caso não forem atendidos uma greve poderá ser deflagrada. As lideranças do movimento informaram que 70% dos analistas educacionais e técnicos da educação lotados em Caratinga aderiram ao movimento.
A assistente educacional Kátia Aparecida Magalhães disse que o objetivo da manifestação é chamar a atenção da sociedade e sinalizar que a categoria esta descontente com a situação. “Apesar de termos tido um aumento salarial, que entrou como abono, estamos há doze anos sem aumento. Acumulamos muitas perdas e havia a impossibilidade de negociar com o governo anterior. O governo atual já sinalizou essa capacidade de negociar. Então precisamos aproveitar esse diálogo para recuperar aquilo que perdemos nos últimos doze anos”, argumentou a assistente educacional.
Segundo o analista educacional Edmundo de Freitas, essa paralisação aconteceu nas 47 superintendências de ensino e no órgão central da Secretaria de Estado da Educação, em Belo Horizonte. “Estamos fazendo essa manifestação. No dia 15 teremos outra paralisação. Caso nada seja feito, deveremos entrar em greve”, alertou.
Edmundo afirmou que há um descaso grande com os profissionais de ensino. “Deixo um recado para o governo atual: não cometa as mesmas falhas da gestão anterior”, disse o analista educacional.
REIVINDICAÇÕES
Segundo as lideranças do movimento, toda a pauta de reivindicações é importante, mas o foco desta mobilização é a correção nas tabelas salariais. “Considerando que o governo já retirou o nível médio da carreira do professor, a referência a ser reivindicada para correção das tabelas de Técnico da Educação (antes ATE), Assistente da Educação e Assistente Técnico da Educação Básica é 85% do vencimento inicial do Analista Educacional”, diz a nota emitida pela categoria.
Outro pedido é a constituição de um coletivo com dois representantes de cada SRE e órgão central para dialogarem com a direção do Sindicato.
No dia 9 de julho, haverá nova paralisação e caravanas irão até Belo Horizonte participar de uma manifestação. No dia 15 de julho está agendada a assembleia para decidir os rumos do movimento.