Polícia procura pelo quarto suspeito de envolvimento nestes crimes
DA REDAÇÃO – Os corpos do cabo PM Marcos Marques da Silva, 36 anos, e do vigilante Leonardo José Mendes, mortos nesta segunda-feira (10) durante assalto e tentativa de assalto em Santa Margarida, foram sepultados na manhã de ontem. Uma multidão acompanhou os cortejos e as pessoas puderam prestar homenagens.
Dos quatro suspeitos, três já foram presos. A polícia procura por um quarto envolvido.
SEPULTAMENTOS
O corpo do cabo Marcos Marques da Silva foi sepultado no final da manhã de ontem, no cemitério Parque das Flores, em Manhuaçu. Policiais militares, bombeiros, policiais civis, agentes penitenciários, amigos e familiares prestaram a última homenagem ao militar. O cortejo, em carro do Corpo de Bombeiros, foi seguido por diversas viaturas nas ruas de Manhuaçu.
Cabo Marcos era formado há 10 anos em Belo Horizonte pela Polícia Militar, voltou para Manhuaçu há seis anos, onde morava com a esposa Dulcineia Amaral Marques, 30 anos. Ele trabalhava em Santa Margarida.
O corpo do vigilante Leonardo José Mendes também foi sepultado na manhã desta terça-feira (11). O velório e sepultamento foram acompanhados por uma multidão formada por amigos, familiares e moradores de Santa Margarida, onde o vigilante Léo era muito querido.
Um rapaz de 21 anos precisará de muito tempo para superar o trauma vivido na manhã desta segunda-feira (10). Ele foi levado como refém pelo bando fortemente armado e acabou presenciando o seu tio, que era vigia no Banco do Brasil, ser baleado e morto.
Ele falou com a reportagem do jornal O Tempo durante o velório do vigilante Leonardo José Mendes e contou que estava trocando a placa de um caminhão quando os assaltantes chegaram e falaram para ele subir na caminhonete.
“Eu e um colega subimos na hora na carroceria e eles nos levaram primeiro para a agência da Sicoob. Eles chamaram o vigia, pegaram o dinheiro e pediram que eu segurasse o valor roubado. Em seguida fomos para o Banco do Brasil, onde chegaram quebrando as vidraças. Tive que ajudar, pois eles estavam me empurrando no vidro”, relatou.

Josimar Pereira Rodrigues, 30 anos; Wesley Rosa Firmino, 23 anos; e Sirlande da Silva Ferreira, 27 anos
O BANDO
Incialmente a Polícia havia informado que oito elementos fariam parte do bando, mas na noite de segunda-feira (10) outra informação foi passada a imprensa constando que quatro indivíduos fazem parte da quadrilha.
Eles assaltaram a agência do Sicoob e depois tentaram assaltar a agência do Banco do Brasil de Santa Margarida. Houve troca de tiros e um policial e um vigilante acabaram morrendo. Outro vigilante foi ferido, mas não corre risco de morte. Os autores fugiram num Fiat Toro, que foi roubado na região metropolitana de Belo Horizonte. Depois abandonaram este veículo e fugiram em um Gol.

– Josimar Pereira Rodrigues, 30 anos, natural de Divino. Havia contra ele um mandado de prisão em aberto. Josimar
A PM fez rastreamento e encontrou os quatro suspeitos no córrego Bom Jardim, zona rural de Santa Margarida. Três foram detidos ainda na tarde de segunda-feira, mas um dos elementos conseguiu fugir. Os militares também apreenderam armas e munições, além de recuperar o dinheiro que foi levado do assalto no Sicoob.
Todos eles foram autuados por duplo latrocínio e sequestro de vítimas. De acordo com o delegado Carlos Roberto de Souza, “as investigações apontam que essa quadrilha é composta de pelo menos dez indivíduos que já atuaram em outras oportunidades. Um dos quatro elementos que participou da ação em Santa Margarida está foragido, ele possui um mandado de prisão em aberto, por isso, mesmo após o flagrante ele pode ser preso”.
A Polícia acredita que o grupo foi o mesmo que agiu na cidade de Alto Jequitibá na explosão de uma caixa eletrônico, registrada em fevereiro deste ano.

– Sirlande da Silva Ferreira, 27 anos, natural de Carangola. Ele é acusado de lesão corporal, desobediência, posse/porte ilegal de arma de fogo, roubo e extorsão.
O FORAGIDO
Daniel Rodrigues de Aguiar, 33 anos, é apontando como o quarto elemento do grupo. Ele estava foragido até o final dessa edição. O suspeito é natural de Tombos e de acordo com a Polícia, é peça-chave em crimes onde é necessário o uso de explosivos. Ele é conhecido por sua habilidade em manusear esse tipo de material e sua função seria colocar os explosivos nos caixas eletrônicos para facilitar o acesso do bando ao dinheiro.