– O-be-di-ên-cia! Que palavra – que, à primeira vista, ninguém admira. Mas todos já sabemos os benefícios, o seu verdadeiro valor.
Quando leio o trecho bíblico “Na tua descendência serão benditas todas as nações da terra” (Gên 22:18), lembro-me daquelas jabuticabeiras que os avós plantam no quintal. Eles nunca têm pressa para ver os frutos, mas cuidam com carinho, adubam, regam. Parece pouco, mas a cada gesto, eles estão dizendo: “Eu acredito que essa árvore vai abençoar meus netos.”
Assim é a promessa de Deus para Abraão – e para nós.
Muitas vezes, obedecer à voz de Deus é plantar sementes sem ver o fruto imediato.
É como quando a mãe ensina o filho a dizer “bom dia” para o vizinho, ou quando o pai recusa um jeitinho desonesto e ensina, com seu exemplo, que a integridade é mais importante que o lucro. São gestos pequenos, que parecem insignificantes no dia a dia, mas carregam o DNA da bênção de Deus.
Aqui em nossa pátria, onde a correria, a desconfiança e a busca por atalhos são quase culturais, viver assim é quase sempre um desafio.
Mas é exatamente aí que essa promessa de bênção (= coisa boa, positiva!) se torna visível: a obediência de Abraão não só o abençoou, mas tornou a bênção visível para todas as nações.
Então, quando você ajudar um idoso a atravessar a rua, ouvir com paciência o desabafo de um colega no ponto de ônibus, ou mesmo ensinar honestidade ao vender na feira, lembre-se: você está obedecendo à voz do Pai.
E quem sabe, por meio desse gesto, alguém se sinta tocado pela bondade de Deus.
Lembre-se, portanto:
A bênção da descendência de Abraão não é só uma promessa distante no tempo – ela continua viva no nosso Brasil de hoje, em cada semente plantada por corações obedientes – o seu, e o meu.
Permaneça debaixo dessa bênção – sempre, meu querido, minha querida!
Rev. Rudi A. Kruger–Faculdade Uriel de Almeida Leitão, Doctum – [email protected]