Solidariedade deixou o local repleto de doações
CARATINGA – A Fundação Cidade dos Meninos (Funcime) está abrigando pessoas da área urbana, que moram em locais de risco ou que perderam suas casas durante o episódio de chuvas. Ao todo, são seis famílias no local, sendo 11 adultos e nove crianças. Outras 21 famílias optaram por ir para casas de amigos e parentes, totalizando 62 pessoas.
No local, muitas doações estão acondicionadas. E a informação é de que materiais diversos não param de chegar. O secretário de Defesa Social Aluísio Palhares detalha a assistência que tem sido ofertada. “Pudemos acomodá-los melhor, estão bem alimentados, acompanhados diuturnamente por assistente social, psicólogo e alguém da área de saúde, se necessário. Temos recebido e agradeço a sociedade pelas doações que estão vindo, continuam sendo recebidas na própria Funcime, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social/Rua João Pinheiro ou no Tiro de Guerra”.
Aluísio frisa que a solidariedade da população tem sido expressiva, mas que alguns itens ainda estão em falta para auxiliar estas famílias. “O que há mais necessidade para nossos abrigados é comida pronta. A prefeitura tão logo aconteceu, contamos com atendimento de um restaurante local com marmitex, mas são várias frentes e aquilo que puder nos ajudar. Material de construção, a Secretaria de Obras através do Departamento de Habitação também tem um canal para receber doação, para que assim que seja possível, o tempo estabilize, o solo seque, possam ser iniciadas as reformas e construções que forem necessárias. Vestuários até o presente pelo número de famílias não precisa mais”.
Agora, a Secretaria de Desenvolvimento Social dará início às perícias técnicas para apontar o destino das casas que foram danificadas. “Perguntas tais como, para onde vão essas pessoas? Peço a todos que nos dê um tempo, essa resposta depende de laudo técnico da equipe de engenharia, para dizer se essas moradias poderão ser reformadas, reerguidas ou se não mais possam ser habitadas”, disse o secretário.
Fabiana Cristina Pena da Cruz, 33 anos, tem três filhos pequenos e precisou sair de sua casa que fica na Rua José André do Nascimento, no bairro Anápolis. O muro da casa de Fabiana caiu e com isso as paredes começaram a trincar.
“O povo da rua começou a nos chamar e falar que o muro tinha caído por volta das 5h do sábado (25), e aí saímos de lá a pedido da Defesa Civil”, contou Fabiana, que mora no bairro há oito anos, e nunca havia tido problemas.
As famílias ainda não sabem quando poderão retornar para suas casas. A prefeitura está verificando a atualização cadastral do programa “Bolsa Família”, para observar se alguma família está em descumprimento de condicionalidades (quando a família recebe o benefício tem algumas obrigações, como levar o filho pra escola e fazer a pesagem), e como é uma situação de calamidade pública, essas pessoas estão recebendo acompanhamento para que o benefício não seja interrompido enquanto estão fora de suas casas.