Em entrevista ao DIÁRIO, Coronel José Carlos falou sobre os trabalhos à frente da pasta
CARATINGA- O DIÁRIO entrevistou o secretário de Meio Ambiente e Serviços Urbanos José Carlos de Souza, o Coronel José Carlos. Ele falou sobre os primeiros dias à frente da pasta, desde a nomeação que ocorreu no dia 4 de maio e alguns projetos, tais como a ampliação do aterro sanitário.
O que já foi possível apurar da situação da Secretaria de Meio Ambiente?
O governo do Dr. Welington Moreira já vinha realizando um bom trabalho de gestão à frente da municipalidade de Caratinga. E nós tivemos a honra de ser convidados para participar da equipe de Governo e assumimos, recentemente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos. Como todo processo gerencial existem alguns pontos fracos e alguns pontos fortes. Estamos fazendo um diagnóstico da situação para procurar melhorar o que for possível e manter o que vinha sendo feito de uma maneira eficiente.
Quais foram as prioridades de trabalho nestes primeiros dias à frente da Secretaria?
Nossas prioridades são principalmente identificar pontos de deficiência na limpeza urbana de forma geral, nas atividades de licenciamento ambiental, no acompanhamento da operação do aterro sanitário, enfim. Uma visão geral do trabalho que já desenvolvemos na Secretaria e tentar de alguma maneira criar interações com a nossa equipe para continuar desenvolvendo um bom trabalho à frente da pasta.
O senhor foi secretário de Meio Ambiente e Serviços Urbanos de Caratinga entre os anos de 2003 a 2008 e retorna agora. Gostaria que o senhor fizesse um paralelo entre os dois períodos.
A pauta ambiental está bastante valorizada, demandada na atualidade, em decorrência de um viés de questionamentos da sociedade a respeito do Meio Ambiente, o que de alguma forma é muito bom, porque só cobramos, importamos, com alguma coisa que tem relevância para a sociedade ou nossa vida particular. Percebo que existe uma tendência de maior cobrança da sociedade, uma discussão mais aflorada sobre o tema de gestão ambiental e também uma participação de associações, de comunidades e da população em geral.
Quais são os desafios dessa área?
É um desafio grande e que, ao mesmo tempo, gera oportunidade para desenvolvermos um trabalho bem próximo da sociedade e bem significativo para a população em geral.
Em fevereiro foi regulamentada a lei que regionaliza o aterro sanitário de Caratinga. Qual a situação deste projeto e do aterro?
A lei de gestão compartilhada do aterro sanitário já existia desde 2018. Foi publicado um decreto regulamentando esta lei, estabelecendo, especificamente, que a gestão compartilhada se ateria apenas à disposição de resíduos sólidos no aterro sanitário. A outra disposição de resíduos são os industrializados, que não vamos participar dessa regionalização e os hospitalares que também serão de desenvolvimento específico de cada prefeitura. Quanto ao aterro, por ter um carinho especial, uma vez que a sua implantação foi ao tempo da minha participação como gestor público à frente da Secretaria, então foi um dos primeiros lugares que eu visitei. A operação está funcionando dentro de um padrão de normalidade, mas, existe a necessidade de adequação para ampliar o aterro para os próximos anos. Já estamos reorganizando o ambiente que já foi disposto o lixo anteriormente e preparando, inclusive, para projetar uma expansão, uma vez que temos recursos disponíveis da Fundação Renova que nos permitirá desenvolver uma nova etapa do aterro com alguma tranquilidade financeira e com qualidade de melhoria da prestação de serviço.
Falando sobre limpeza urbana, como a prefeitura tem estruturado e modernizado esse serviço?
A limpeza urbana é uma atividade essencial para o desenvolvimento da sociedade como um todo. Temos a Educação Ambiental, envolvimento das pessoas, da sociedade com a limpeza da cidade. Conclamamos a todos os cidadãos, munícipes, que colaborem com a limpeza da cidade evitando sujar. O outro viés é que nós contamos com a parceria com a empresa terceirizada, que faz a varrição, a coleta do lixo e a gestão do aterro sanitário. Contamos com uma parte significativa da cidade que nós executamos a atividade com o efetivo orgânico, da própria prefeitura. A varrição tem sido desenvolvida com bastante qualidade e agora agregamos à nossa operação uma varredeira mecanizada, que vai nos possibilitar aumentar nossa capacidade operacional de uma maneira do ponto de vista qualidade, quanto de quantidade de prestação de serviço?
E quanto à Política Ambiental de Caratinga e o trabalho junto ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente do Município de Caratinga (Codema)?
O Codema conta com a presença de representantes do Poder Público e da sociedade civil organizada. É responsável por fomentar e desenvolver diretrizes de gestão ambiental, para atender a solicitações de licenciamento ou autorizações ambientais, que é um braço da gestão ambiental no município, que permite que tanto o Codema, quanto à sociedade discutam o que é melhor para desenvolvimento das políticas públicas orientadas para a gestão ambiental.
Dia 16 de maio foi Dia do Gari. Qual sua mensagem para esses trabalhadores?
Transmito meu apreço, meu carinho, a esses operadores da limpeza pública do município de Caratinga. Estamos preparando uma lembrancinha bem singela para entregar para cada um deles nessa semana, que estamos atribuindo como a Semana do Gari. Eles representam um segmento da sociedade muito relevante, importante e que permitem essa convivência harmoniosa, que sempre deve existir na sociedade, seja um ambiente mais leve, mais tranquilo e alegre.
Quais suas considerações finais?
Agradecemos a oportunidade de voltar aqui a este veículo de comunicação, nos colocamos à disposição para desenvolver alternativas de parcerias para melhorar a Educação Ambiental do nosso município e da ecologia social de Caratinga.