Moradores buscam alternativas para amenizar impactos provocados ao meio ambientemSANTO ANTÔNIO DO MANHUAÇU- Arminda Ferreira de Jesus mora no distrito de Santo Antônio de Manhuaçu desde 1970. Ela acompanhou todas as mudanças no local. Uma delas foi no ano de 2008, com a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Areia Branca, localizada a 14 quilômetros de distância do distrito. “Na época da barragem o distrito foi muito prejudicado. As famílias se perderam, as meninas
acompanharam ‘barrageiros’ e voltaram humilhadas”, recorda-se.
Mas, ela afirma que uma das obras mais aguardadas pelo distrito e que não saiu do papel foi a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto de Santo Antônio do Manhuaçu, anunciada em 2011, que contemplava interceptores, emissários, elevatórias e
reversão de esgoto. A moradora lembra que foi ainda no mandato de João Bosco que foi anunciada toda a estrutura. “Seria como tem em Ipatinga, onde depois a água é purificada e poderia se reutilizar
para aguar as plantas. Mas, nada disso foi feito. É um processo caríssimo. Mas nem a caixinha fizeram. Foi muito desperdício de dinheiro público”. Questionada sobre o que pode ter impedido a Obra passa pelo quintal dos moradores, mas não foi concluída
Apesar de estrutura montada, obra não saiu do papel conclusão da obra, Arminda acredita que faltou empenho das autoridades. “Esta responsabilidade é do governo federal, o que impede de terminar é o interesse. Nós lutamos e brigamos muito. Essa obra parou pela metade, nem do quintal terminou, quando começou fizeram caixas grandes de depósitos, não foi feito acabamento, dava muito pernilongos e agora os mosquitos estão começando novamente. Espero que o governo federal faça algo em prol do Santo Antônio de Manhuaçu”.
Arminda também lamenta que o atual governo não tenha dado continuidade às obras. Mas, ela acredita que para resolver o impasse, é necessária união dos governos federal, estadual e municipal. “Conversei com alguns deputados e disse que, na nossa região, não estão fazendo nada. Não tivemos segurança pública, só para proteger as barragens, mas para a comunidade nada”. Enquanto a Estação de Tratamento de Esgoto não é concluída, os moradores buscam cada um ao seu modo, manterem uma consciência sustentável e não prejudicarem tanto o meio ambiente. “Para não degradar o meio ambiente, cada
um junta seu lixo em sacolas e coloca para o caminhão pegar na segunda, único dia que passa. Mas, as
redes de esgoto vão para o rio, de certa maneira está degradando o meio ambiente, o que não podemos impedir. Gostam muito de ir atrás de quem corta uma árvore quando é necessário, isso eles multam e não fazem mais nada. Essa é a verdade e deve ser dita”, finaliza.
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Marcos
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