Rosane Gomes de Oliveira
O saneamento básico é um direito de todo cidadão, previsto na Constituição Federal, e tem como objetivo preservar ou até mesmo modificar o ambiente, procurando proporcionar uma melhor qualidade de vida, assim como prover uma forma de atividade econômica. Seus pilares incluem a infraestrutura e as instalações operacionais de abastecimento de água potável, de tratamento de esgotos, da disposição adequada dos resíduos sólidos e do manejo das águas pluviais.
O manuseio correto dos recursos hídricos de uma região expressa vantagens significativas de infraestrutura, considerando que a água é um dos principais elementos do saneamento básico e está conectada com diversos processos subsequentes.
Gerenciar o sistema de abastecimento de água de um munícipio exige uma grande responsabilidade. A distribuição de água tratada co- labora com o conforto de diversos indivíduos, indo além do desenvol- vimento econômico, uma vez que é fundamental no preparo de ali- mentos, na limpeza de ambientes, hidratação, entre outros.
A falta de priorização das políticas públicas e da aplicação de inves- timentos no setor de abastecimento de água desencadeia diversas con- sequências físicas e ambientais aos indivíduos expostos a esse contexto, aumentando por exemplo, o número de pessoas atendidas no sistema público de saúde.
O atual sistema de abastecimento de água em diversos locais, não satisfaz a urgência dos consumidores, e pode contribuir com a disseminação de inúmeras doenças de veiculação hídrica, como por exemplo, a amebíase, giardíase, gastroenterites, crisptoporíase, febre tifoíde e paratifoíde, hepatite infecciosa, cólera, e diversas verminoses, como a esquistos- somose (xistose), taeníase (solitária), ascaridíase (lombriga), oxiuríase, ancilostomíase (amarelão), e existem ainda, as doenças transmitidas por vetores, que se aproveitam de água parada ou contaminada para se proliferarem, em destaque a Dengue, Zika, Chichikungunya, Febre Amarela, Malária.
Diante da problemática atual, uma grande ocupação de leitos hospi talares existentes, se deve as doenças de veiculação hídrica, e relaciona- das a ausência de saneamento básico, sendo responsáveis por uma taxa de ocupação estimada, em aproximadamente 50%, em todo mundo.
A implantação sistemas de abastecimento de água adequados, atendendo aos padrões de potabilidade, tendem a diminuir os índices de pessoas contaminadas pelo consumo de água sem tratamento, e contribuir por diminuir o número de internações hospitalares de crianças, jovens e adultos com doenças ocasionadas pela ausência de água limpa e tratada de forma satisfatória.
Neste contexto, faz-se necessário e importante identificar a princípio a real circunstância em que se encontra a distribuição de água dos municípios no país, e ao mesmo tempo, procurar estabelecer formas e estratégias técnicas de engenharia que seriam capazes de estimar possí-veis instalações de novos sistemas que atendam às necessidades básicas dos consumidores.
Além exposto, é importante ainda, que as políticas públicas de cada município possam atuar reforçando as legislações pertinentes ao forne cimento de água limpa e tratada à população, para que assim possa vir a contribuir para não inflar o sistema de saúde existente.