Serviço já está em funcionamento, mas ainda não está recebendo chamadas telefônicas pelas operadoras Oi e Vivo
CARATINGA- Caratinga já conta com equipe e ambulância do SAMU atendendo em parceria com os bombeiros. No entanto, para duas operadoras telefônicas há uma dificuldade na solicitação de chamada. A respeito dos primeiros dias de funcionamento no município, o secretário de Saúde Erick Gonçalves e o coordenador e médico regulador Kleiton Carvalho concederam coletiva à imprensa.
Erick destaca os esforços para implantação do serviço. “O Samu se tornou um sonho para Caratinga e toda a região, através do empenho do prefeito Dr. Welington e dos demais prefeitos da microrregião, em parceria com os governos do Estado, Federal e o Consurge, consórcio de municípios que aderiram. É importante frisar que o Samu vai possibilitar para nossa população um melhor atendimento em caso de acidentes e agravos de urgência à saúde. Esse paciente será encaminhado para um hospital correto ou para a Upa, dependendo da sua complexidade de atendimento”.
O secretário de Saúde ainda explica que o custeio para Caratinga é de 0,31 centavos por habitante, uma média de R$ 25.000 investidos para o funcionamento do Samu. “A população tem que entender que é um serviço que a partir de agora será permanente na nossa cidade e poderá prestar auxílio na hora que a população mais precisar de um serviço de urgência e transporte de qualidade, que vai dar mais segurança e preservar a vida até a chegada no hospital”.
A equipe atua em regime de plantão, com uma ambulância básica composta por um motorista e um técnico, sendo oito pessoas em escala de revezamento. “Terá a segunda fase de implantação de uma ambulância avançada, que terá uma equipe completa em Caratinga, inclusive com enfermeiro e médico. Estamos dando pontapé na primeira etapa e vamos melhorar ainda mais o serviço”, afirma Erick.
O FUNCIONAMENTO
Kleiton Carvalho, coordenador e médico regulador, esclarece qual a diferença das ocorrências que devem ser destinadas aos bombeiros e aos socorristas do Samu. “A função do corpo de bombeiros são pacientes perdidos em mata, com traumas, por exemplo, uma construção que caia, uma casa pegando fogo, dores abdominais. O atendimento do Samu é clínico, para urgências e emergências, gestante em trabalho de parto, suspeita de infarto, pacientes em parada cardiorrespiratória, acidentes graves. Se há um acidente com vítimas presas às ferragens, o bombeiro solicita o apoio por meio de uma Central de Regulação em Governador Valadares, que abre o protocolo de atendimento em Valadares, sendo despachada a ambulância”.
O serviço ainda não está operando em todas as operadoras telefônicas, por isso, alguns usuários estão encontrando dificuldades de contato com o SAMU. “Claro e Tim, se fazer uma solicitação de chamada entrará diretamente em Governador Valadares; a Oi e Vivo ainda estão em fase de adaptação. A Oi pediu um prazo de 45 dias que termina agora dia 11, lembrando que o Samu não é responsável sobre esse impasse técnico, estamos aqui para prestar o atendimento à população”, acrescenta Kleiton.
A área de abrangência preconizada no tempo de resposta é de 70 km ou o tempo estimado de atendimento de 30 minutos. Mas, é necessário considerar que o atendimento dentro dos municípios, ocorrerá somente para os que fazem parte do consórcio. Atualmente, Caratinga, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas e Piedade de Caratinga.
Kleiton explica que a expectativa é de que os secretários de Saúde dos demais municípios entrem em contato e façam parte do consórcio para garantir os atendimentos. Se tratando das rodovias, um fator considerado é o tempo de deslocamento. “Nós não podemos deslocar uma ambulância para atender dentro de Ubaporanga ou Inhapim, que não fazem parte do consórcio. Mas, sentido BR, onde for preciso atendimento, será feito. Ainda podemos deslocar preconizado por lei a saída de 30 minutos, assim, entrou um acidente na serra de Piedade de Caratinga, nós atenderemos; em Bom Jesus do Galho, cidade próxima aqui, nós não atenderemos, pois foge do raio e do tempo de deslocamento”.