Um dia: 86.400 segundos
Um dia consiste de 86.400 segundos. Cada um contendo inúmeras opções, possibilidades e decisões, das quais apenas uma pode surgir e tudo acontecer. 86.400 segundos e agora esse exato momento é um deles. Uma semana consiste de 604.800 mil segundos. Um mês consiste de 2.629.746 milhões de segundos. Um ano consiste de 31.556.926 milhões de segundos. Uma vida toda 2.366.820.000 bilhões de segundos. Cada um com a habilidade de criar uma vida e de apagar outra. Um dia consiste de 86.400 segundos e Hoje é um deles! O que você pretende fazer do seu dia? Dos seus 86 mil segundos? Ontem é história. O amanhã é um mistério. O hoje é uma dádiva; por isso, é chamado de PRESENTE! “Vive o hoje, porque o ontem já passou e o amanhã talvez nem chegue.” Antoine de Saint-Exupéry.
Estabeleça prioridades
Um professor de Filosofia parou diante da classe e tinha alguns itens à sua frente. Quando a aula começou, sem dizer uma palavra, ele jogou um vidro grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com pedras, pedras com pouco mais de 2 cm de diâmetro. Ele então perguntou aos alunos se o vidro estava cheio. Eles concordaram que estava. Então o professor pegou uma caixa com pequenos cristais e os jogou dentro do vidro e agitou-o levemente. Os cristais, claro, rolaram para os espaços entre as pedras. Ele então perguntou novamente se o vidro estava cheio. Os alunos concordaram que sim, e riram. O professor pegou uma caixa de areia e a jogou dentro do vidro. Claro, a areia preencheu todo o resto. “Agora”, disse o professor, “eu quero que vocês reconheçam que esta é sua vida. As pedras são as coisas importantes – sua família, seu parceiro, sua saúde, seus filhos, coisas que se todo o resto estivesse perdido, elas continuariam ali, e sua vida ainda estaria cheia. Os cristais são as outras coisas que importam, como o seu emprego, sua casa, seu carro. A areia é todo o resto. As coisas pequenas. Se você colocar a areia primeiro no vidro, não há espaço para os cristais e as pedras. Ela preenche tudo. O mesmo vale para nossas vidas. Se você gasta todo o seu tempo e sua energia nas coisas pequenas, você nunca terá espaço para as coisas que são importantes para você. Cuide das pedras… do que realmente importam. Estabeleça prioridades. O resto é só areia!”
Felicidade realista
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemo-nos de tentar sermos felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder-se para ele, juntando, juntando, juntando. Ter o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar!!!
É importante pensar sem extremos, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instigar e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas de tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.
Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, excitação, paixão, entusiasmo, mas não Felicidade. (Mário Quintana)
Luciana Azevedo Damasceno – Neuropisicóloga e Terapeuta Cognitivo-Comportamental formada pela PUC Rio. Elogios, dúvidas e sugestões: [email protected]