As condições da lendária Ponte Queimada estão cada dia piores. O acesso importante para o turismo no Vale do Aço continua abandonado e sem nenhuma proposta real de revitalização. Agora, a esperança de reforma da ponte ganha mais um capítulo com a revisão do Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), isto porque a obra foi solicitada no documento e pode ser uma saída para o impasse.
A ponte cuja estrutura é de colunas de concreto e vigas de aço, tem 200 metros de extensão. A obra de arte passa em cima do rio Doce, elevando-se a 60 metros de altura. A ponte interliga os municípios de Pingo-d’Água e Marliéria. Na margem esquerda da ponte localiza-se a mata do Parque Estadual do Rio Doce.
Embora possua uma beleza história e seja muito relevante para o turismo, a ponte há anos sofre com a ação do tempo e o desgaste fica sem receber reparos apropriados. Os paliativos permitem que funcione precariamente e sob risco de acidentes. A precariedade ocorre, principalmente na parte superior do tabuleiro, formado por dormentes de madeira. Várias peças estão apodrecidas, outras estão soltas e algumas, inclusive caíram, formando buracos. Mesmo assim, muitos corajosos se arriscam na travessia, até mesmo de carro com auxílio dos passageiros, que precisam descer para guiar o motorista na travessia.
O prefeito de Pingo-d’Água, Luiz Paulo Coelho (PDT), confirma que as condições do acesso são precárias e que a Defesa Civil municipal tem o desejo de interditar o tráfego no local, até ocorrer a reforma, porém a situação da ponte envolve vários atores. “Temos um impasse com o IEF (Instituto Estadual de Florestas) que não quer a reforma e isso vem se arrastando por anos, uma situação que dá um sentimento de impotência. Mas o meu posicionamento é que a ponte seja reformada”, declarou.
O chefe do Executivo de Pingo-d’Água reforça a utilidade turística da Ponte Queimada, principalmente para ciclistas, e declarou que está disposto a dividir os custos da reforma com a administração municipal de Marliéria e empresas parceiras, porém, é necessário a anuência do IEF.
Fonte: Diário do Aço
Restauração da Ponte Queimada é solicitada
