Os jornais sempre tiveram um papel fundamental na sociedade. Mais do que meros veículos de informação, os jornais são guardiões da história, espaços de debate e incentivadores da cultura. Em tempos de mudanças rápidas e avassaladoras, onde as redes sociais fragmentam a atenção e transformam a maneira como consumimos conteúdo, os jornais permanecem como um grande veículo para a reflexão crítica e da valorização da palavra escrita.
Como jornal e veículo de informação, o Diário de Caratinga se destaca, tendo grande importância no cenário cultural e informativo de nossa região. Ao longo dos anos temos acompanhado o sério trabalho do jornal Diário de Caratinga e de toda a sua equipe de competentes profissionais. Dessa forma, ao longo dos anos, através das páginas do Diário, tomamos conhecimento de fatos e acontecimentos marcantes que ocorreram em nossa região, registrando, assim, a história de nosso povo. O Diário de Caratinga tem sido um canal não apenas de notícias, mas também de ideias, proporcionando um espaço onde diferentes vozes podem ser ouvidas. É um jornal que não apenas reporta os acontecimentos, mas também fomenta o pensamento e a cultura em nossa região.
Mas, muito mais do que registrar a História, ao longo dos anos o jornal Diário de Caratinga também tem marcado e transformado vidas, seja direta ou indiretamente. E entre as vidas marcadas por esse jornal, a minha foi uma delas, e sei que ela não foi a única.
Foi através de uma oportunidade dada pelo jornal Diário de Caratinga que comecei a publicar meus primeiros artigos, a mais de 9 anos atrás, no ano de 2016. Quando tive meu primeiro artigo publicado no Diário de Caratinga, não imaginava que aquele momento seria um divisor de águas. E, para aumentar ainda mais a surpresa, o artigo foi publicado na mesma semana em que eu iria receber o Primeiro Prêmio Marilene Godinho de Literatura. Antes disso, escrever era algo que fazia por gosto, para ajudar a fixar alguns pensamentos que me vinha enquanto lia (ainda é). A publicação foi o impulso que faltava para transformar um hábito em um compromisso.
A partir daquele primeiro texto, a escrita se tornou parte essencial da minha vida. De lá para cá, desenvolvi o hábito de escrever ainda mais e, com o incentivo do Diário, e da pessoa de nosso querido José Horta, fui incentivado a ampliar meus horizontes e, com isso, consegui conquistar meu espaço como colaborador e articulista de outros jornais da região, e até mesmo em jornais de outros estados, de maneira que, atualmente, tenho colaborado semanalmente como articulista em 6 jornais, entre eles, o próprio Diário de Caratinga, o qual propus a mim mesmo que sempre teria a primazia com relação ao envio e a publicação dos textos, já que foi o Diário quem possibilitou tudo isso.
Foi a partir dessa relação com o Diário que a minha dedicação ao campo literário veio a crescer e, como consequência, trouxe como fruto 9 livros, dos 10 livros que até então escrevi, além de me abrir as portas para todo um ambiente cultural que antes eu não conhecia, que veio mediante a colaboração em coletâneas e com a participação em Academias de Letras. Tudo isso como consequência da oportunidade que foi me dada pelo Diário de Caratinga, que marcou minha história e mudou toda a minha perspectiva com relação ao meio e a carreira literária.
Foi assim, por meio do Diário de Caratinga, que vieram os primeiros prêmios, as primeiras publicações em livros e, posteriormente, a conquista de espaços em academias os títulos e antologias literárias. Toda essa trajetória só foi possível porque um dia o Diário de Caratinga me abriu suas portas, marcando toda a minha história.
Em nossos dias atuais, onde a cultura enfrenta desafios constantes, onde o incentivo à leitura e à escrita muitas vezes é negligenciado, e as oportunidades para novos escritores são escassas, muitos talentos se perdem simplesmente porque não encontram um espaço para se expressar, e é justamente nesse ponto que veículos como o Diário de Caratinga fazem a diferença.
Em um país como o nosso, onde o incentivo à cultura muitas vezes é escasso, encontrar um veículo que valoriza a literatura e abre espaço para novos escritores é algo digno de reconhecimento. Dentro disso, o Diário de Caratinga, ao longo dos anos, se mostrou mais do que um meio de comunicação: foi um agente de transformação. E, para mim, essa transformação foi profunda e definitiva.
Ao abrir suas portas dando oportunidade para escritores locais e regionais – como é meu caso -, o jornal não apenas fortalece a cultura regional, mas também dá oportunidade para que novas vozes sejam ouvidas. Ele se torna um farol para aqueles que, como eu, um dia tiveram receio de compartilhar suas ideias, mas que encontraram no Diário um ambiente acolhedor para suas reflexões.
Ao longo dos anos, minha relação com o Diário de Caratinga se fortaleceu. Semana após semana, a escrita se tornou não apenas um hábito, mas uma missão. E cada nova publicação reforça minha gratidão por essa oportunidade que me foi dada.
Agradeço à equipe do jornal, que sempre me recebeu com profissionalismo e atenção. Em especial, deixo meu reconhecimento ao amigo José Horta, cuja dedicação e prestatividade foram fundamentais ao longo dessa caminhada.
Olhando para trás, vejo que cada conquista literária que tive teve sua origem naquela primeira publicação no ano de 2016. E se hoje continuo escrevendo, é porque, um dia, o Diário de Caratinga acreditou que valia a pena dar espaço a um novo escritor. Foi o Diário de Caratinga, e as palavras de meu querido amigo José Horta, que me permitiu acreditar que minhas palavras tinham algum valor e que poderiam ser compartilhadas com outras pessoas. E isso continua me movendo, semana após semana, na escrita de novos artigos.
A cultura precisa de incentivadores, e este jornal tem sido um dos maiores em nossa região. Que o trabalho do Diário de Caratinga continue inspirando, formando leitores e revelando novos talentos. Minha sincera gratidão por tudo, e que esse jornal continue sendo uma porta para muitos, assim como foi para mim. Que ao longo dos próximos anos o jornal continue registrando a História e marcando a vida de inúmeras outras pessoas, assim como fez com a minha.
- Wanderson R. Monteiro Autor dos livros “Cosmovisão em Crise: A Importância do Conhecimento Teológico e Filosófico Para o Líder Cristão na Pós-Modernidade”, “Crônicas de Uma Sociedade em Crise”, “Atormentai os Meus Filhos”, e da série “Meditações de Um Lavrador”, composta por 7 livros. Dr. Honoris Causa em Literatura e Dr. Honoris Causa em Jornalismo. Bacharel em Teologia, graduando em Pedagogia. Acadêmico correspondente da FEBACLA. Acadêmico fundador da AHBLA. Acadêmico imortal da AINTE. Autor de 10 livros. Vencedor de 4 prêmios literários. Coautor de 15 livros e 4 revistas. (São Sebastião do Anta – MG)