Saiba impactos ao consumidor
DA REDAÇÃO- A Petrobras anunciou na última segunda-feira (8) um aumento de cerca de 8% no preço da gasolina a ser vendido pelas refinarias para as distribuidoras. Com isso, o preço médio do litro do combustível subiu R$ 0,17 e passou a ser de R$ 2,25.
Já o óleo diesel aumentou cerca de 6% (R$ 0,13 por litro) e passo a custar R$ 2,24. O GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de botijão, também tem aumento no preço: cerca de 5% (R$ 0,14 por kg). Com o reajuste do preço, o gás de botijão passa a custar 2,91 por kg (ou R$ 37,79 por 13 kg).
A reportagem conversou com o empresário Geovânio Ribeiro de Sá, que destacou que neste ano de 2021, já foram dois aumentos expressivos no preço dos combustíveis. Ele enfatiza o que tem provocado este reajuste. “A informação governamental é a alta do dólar. Está tendo uma briga muito grande lá dentro entre a Petrobras e o Governo. A Petrobras hoje é 50% privatizada, então, os acionistas pressionam para que o mercado interno acompanhe o mercado externo que vem tendo uma alta muito grande. O Governo tenta barrar isso e não está conseguindo, uma vez que até houve uma proposta de tirar totalmente os impostos de combustíveis, se os governos do Estado tirassem o imposto. Está tendo esse impasse, acredito que já está avançando, por esses dois meses a coisa vai mudar”.
Geovânio ainda destaca que no posto de combustíveis que ele administra, para não causar impacto no consumidor, tem procurado repassar o reajuste gradualmente. Ontem, o preço praticado da gasolina neste posto era de R$ 5,26. “Mas, teve um reajuste de 13%, isso é muita coisa, que impacta muito o mercado. Tentamos evitar isso, criamos maneiras do cliente ter opções de baixar o aplicativo, abastecer com desconto. É o que fazemos para tentar segurar a onda, administrar posto de gasolina é arte de se vender mais barato, ganhando mais dinheiro. Quem ganha mais tem que vender mais barato e não é fácil. Vem uma alta dessa, pega a gente de surpresa, paralisa o mercado, as despesas continuam, fim do mês a conta não fecha, você tem que reinventar”.
Conforme Geovânio, na esfera federal há previsão de mais uma alta no fim do mês. “Mas, acredito que não vá acontecer, não tem lógica, o mercado não suporta mais. Nós sofremos mais impactos que o consumidor ainda, temos um x de planejamento, quando tem alta o cliente também tem o planejamento, tem que remodelar a sua vida, para de abastecer ou diminui. Cai a minha receita”.
Com o reajuste, a dica para o consumidor é que mantenha sempre o tanque do carro abastecido, no posto de preferência. “Para que essas surpresas não peguem a pessoa de repente e quando tiver alta, tenha tempo para se reprogramar”.