Com a vaga assegurada em Tóquio, a seleção brasileira olímpica, atual campeã, terá tempo para se preparar e definir quem vai defender a medalha de ouro e, claro, buscar o bi. A equipe terminou o pré-olímpico derrotando a seleção argentina por 3 a 0 e vai chegar com moral. O bom grupo, comandado por André Jardine, ainda terá o apoio de atletas que não fizeram parte do time nesse torneio. Vinícius Jr., Rodrygo, Éder Militão, Renan Lodi e outros bons nomes que ainda têm idade olímpica e podem pintar na lista final. A cada edição, a dificuldade aumenta e o nível de exigência também. As outras seleções vão mais competitivas e aquilo que antes era uma modalidade comum, onde alguns não levavam tão a sério, hoje tratam como um grande desejo tanto pessoal como coletivo.
A ida de grandes jogadores mostra bem como o cenário tem mudado. E isso valoriza ainda mais o feito do medalhista. A Alemanha, medalha de prata em 2016, levou uma equipe considerada alternativa, mas que era muito forte em comparação com as outras equipes. O planejamento, o processo de formação, vale muito e dá bons frutos.
O Brasil tem bons jogadores, e que chegarão com moral. Matheus Cunha, atacante de 20 anos, contratado pelo Hertha Berlim em janeiro, foi o artilheiro do pré-olímpico com cinco gols. O atacante se destaca pela inteligência no posicionamento, vigor físico e o bom aproveitamento na frente do gol. A camisa 9 é sempre falada e cobrada por ter sempre os melhores. Gabriel Jesus, que também tem idade olímpica, pode aparecer na lista para disputar posição. A vaga não está assegurada, mas o certo é que o time será um dos melhores das últimas edições pelo menos no papel. Se vai superar o time de 2016, ainda não sabemos. Mas o mais importante é fazer uma boa Olimpíada e seguir olhando para frente. A transição vai acontecer e em dois anos teremos Copa do Mundo.
Matheus Soares