Proposta de funcionamento das duas unidades em um mesmo prédio foi apresentada e visa reduzir o custo mensal, mas depende de recursos para readequação
CARATINGA- Na última terça-feira (2), o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) fez parte da pauta de uma reunião em Belo Horizonte, com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Participaram da agenda, o prefeito de Caratinga, Dr. Welington Moreira, além de outros chefes do executivo da região; a secretária de Saúde, Jacqueline Marli; o provedor e o vice-provedor do hospital, padre Moacir Ramos e Rodolfo Brandão; a presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (Federessantas), Kátia Rocha; além de vereadores e deputados.
Sobre a reunião, o executivo informou que para prosseguir com as próximas ações, foi solicitado que a administração do hospital apresente para Secretaria de Estado de Saúde, através da Superintendência Regional de Saúde, proposta de trabalho com um novo formato de funcionamento, além de uma reforma estrutural para que o Estado possa avaliar e se manifestar com a possibilidade de aporte de recursos.
“Nesse sentido, um novo desafio – uma nova proposta hospitalar como base na melhoria de processos voltados para o aumento da eficiência operacional e alinhamento ao planejamento estratégico de um hospital, assim como sua especialidade de atendimento”, frisou a Prefeitura de Caratinga, acrescentando que segue trabalhando e não medirá esforços para que seja restabelecido o funcionamento do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora no menor tempo possível.
O provedor do HNSA, padre Moacir Ramos também comentou sobre o que foi tratado na última terça-feira (2). “Quero ressaltar que não foi uma reunião de exclusividade para o hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Foi uma pauta extensa, onde estava também a situação da suspensão temporária e a possibilidade da sua reabertura. Esta agenda com o secretário de Estado foi através do deputado Eneias Reis”.
Conforme padre Moacir, o secretário de Estado ouviu atentamente às demandas dos representantes de Caratinga e se colocou à disposição para ajudar “no que estiver a seu alcance”, até mesmo da possiblidade de uma visita a Caratinga para tratar da situação de perto. “E não deixou de expor para os presentes a realidade atual do Estado, estamos acompanhando pela mídia o fechamento de outros hospitais, as dificuldades que todos têm enfrentado, hospitais suspendendo atendimento pelo Ipsemg (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais); então ele apresentou sua preocupação da crise e situação em que está vivendo Minas Gerais nesse momento”.
O provedor do HNSA frisou que apesar dos debates, ainda não há uma decisão sobre o futuro do hospital de Caratinga. “Precisamos continuar batalhando e buscando soluções, pois sabemos da real necessidade que tem o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora e todos que foram apresentados ao secretário. Sabemos do clamor, do grito e quem está diretamente ligado a esta situação como eu estou, como provedor atualmente, fica realmente sensibilizado e não sabemos o que vai acontecer. O que sabemos é que nosso povo não pode ficar sem atendimento, é triste, lamentável, ouvir o estado posicionando na situação que está, com toda sua crise, carência e dificuldade financeira. Mas, não podemos desacreditar nunca, é preciso fazer todas as tentativas, buscar todos os meios para que algo seja feito pela nossa cidade de Caratinga e microrregião”.
No entanto, já foi sinalizado um possível caminho que está sendo avaliado para reabertura do hospital. Hoje o hospital tem o credenciamento de 119 leitos, a intenção é reduzir este quantitativo. “Sabemos que isso é inviável, o ideal talvez fosse que sofresse uma redução de leitos, para reestruturar e voltar a funcionar”.
Atualmente, a estrutura do HNSA é distribuída em duas unidades. A administração estuda reestruturar o prédio da maternidade Grimaldo Barros de Paula que tem três andares ocupados, fazendo com que todos os serviços sejam disponibilizados em um só local. “Hoje as autoridades reconhecem isso e nós na administração também, que se conseguíssemos juntar as duas unidades o custo mensal cairia muito. Mas, para fazer a junção dessas duas unidades, precisamos fazer investimentos no prédio da maternidade, que é a readequação, construção de todo o quarto andar. Sabemos que o quarto andar da maternidade não tem nada construído, somente as paredes externas, então teria que fazer um projeto. Já estudamos e encaminhamos. É viável, necessário, mas para isso também precisamos conseguir os recursos para fazer esse investimento de ampliação e consequentemente fundindo as duas unidades, ajudaria muito nesse processo de manutenção”.