600 produtores serão beneficiados com a doação de 4.200 mudas
CARATINGA- A equipe da Secretaria Municipal de Agricultura lançou a 3ª etapa do Programa Plantar +, na última sexta-feira (20).
O projeto, que tem por uma de suas iniciativas a distribuição de kits de mudas frutíferas para produtores rurais cadastrados, surgiu com a proposta de cumprir o Plano Municipal de Segurança Alimentar, e em seguida ganhou novas proporções, como explica Rodrigo Alves da Silveira, engenheiro agrônomo e coordenador do programa. “É o retorno na forma do ICMS Solidário, feito pelo Estado, de acordo com o número de produtores que são atendidos. Além disso é uma forma da Secretaria entrar na propriedade. Quando você oferece algo, o produtor fica mais aberto a te receber e estando presentes na comunidade, conseguimos com o tempo conquistar aquela família e começamos a levar outros benefícios. Por exemplo, a implantação de fossas sépticas, que já seria uma coisa na área sanitária, relacionada à saúde. Benefícios do tipo de inserção em programas de aquisição de alimentos, como PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e PAA (Programa de Aquisição de Alimentos)”.
Conforme Rodrigo, o projeto visa à promoção da diversificação de culturas e aproximação do produtor rural, pois durante as etapas, a equipe realiza, também, o acompanhamento técnico do desenvolvimento das mudas, através de orientações de manejo, controle de pragas entre outros serviços. Para esta etapa, cerca de 600 produtores serão beneficiados com a doação de 4.200 mudas. “Cada ano agrícola é uma etapa, onde vamos desenvolvendo os trabalhos. Na primeira etapa fizemos a distribuição das mudas, o acompanhamento técnico, orientando o produtor como ela vai conduzir esse pomar em termos de poda, controle de pragas e doenças. Já na segunda etapa, além da distribuição, começamos a avaliar o resultado da primeira”.
Com o lançamento da terceira etapa, alguns índices foram apresentados, que demonstram a efetividade do projeto. “Temos resultados já das duas etapas anteriores em termos de mortalidade das plantas tanto no viveiro, quanto no campo. Já temos uma identificação de quais as espécies frutíferas que o produtor se adaptou melhor no manejo. Temos municípios regiões mais altas como Santa Luzia, tem a temperatura mais baixa e temos Santo Antônio do Manhuaçu, Cordeiro e São Cândido, regiões extremamente quentes. Já conseguimos identificar quais as espécies que produzem melhor em determinada região e, com o tempo, a gente vai evoluindo esse trabalho, de forma a aumentar o rendimento.
A mortalidade das mudas no viveiro também foi um parâmetro observado pela Secretaria. “Demoramos em torno de seis a sete meses no primeiro ano, para poder distribuir essas mudas. Não tínhamos o cadastro desses produtores, então demoramos muito tempo. Quanto mais tempo no viveiro, maior a mortalidade das mudas. Já no segundo ano, conseguimos em três meses, reduzir pela metade o tempo de permanência dessas mudas no viveiro, porque já tínhamos um número grande de produtores envolvidos. A previsão para esse ano é em no máximo dois meses conseguirmos fazer essa distribuição. Quando você consegue fazer essa distribuição com maior agilidade, vai diminuir a mortalidade tanto no viveiro quanto no campo”.