CARATINGA – O auditório da Unidade II do Centro Universitário de Caratinga foi palco de um evento singular, de grande significado para profissionais da área da saúde e acadêmicos do setor. Através do Instituto de Ciências da Saúde (Incisa), juntamente com o Centro de Assistência à Saúde UNEC, o (CASU), foi realizado o 1º Simpósio de Cardiologia da instituição.
As atividades foram realizadas nos dias 19 e 20, sexta e sábado, no Campus II do UNEC, no bairro das Graças. O tema foi “Dor Torácica e Emergências Cardiológicas”, que são doenças cardiovasculares que estão entre as principais causas de morte no mundo. Médicos, residentes e acadêmicos de Medicina de várias partes do estado marcaram presença.
Caiser Teixeira da Siqueira Júnior, membro titular da SBC, Sociedade Brasileira de Cardiologia, cardiologista intervencionista do Hospital Luxemburgo (BH); e diretor técnico do setor de hemodinâmica da Casa de Caridade de Carangola-MG; foi um dos palestrantes. “É sempre uma alegria quando somos convidados a participar de eventos em um ambiente acadêmico. É um local saudável, onde podemos ensinar e aprender. O simpósio foi muito bem organizado. Os temas foram escolhidos com muito critério, e o evento foi bastante enriquecedor para a formação dos alunos. É uma alegria muito grande estar aqui.”
O presidente da Sociedade Sul-mineira de Cardiologia, hemodinamicista e cardiologista intervencionista, Frederico Toledo Campos Dallorto, também palestrou. O especialista fez um preâmbulo sobre a dor torácica, tema central dos debates e palestras. “Todo paciente com dor torácica, o lugar dele é no PAM (Pronto Atendimento Municipal), ou de um hospital, ou da UPA (Unidade de Pronto Atendimento). E ele precisa ser o primeiro a ser atendido. Temos que ter agilidade no diagnóstico. Diante de um infarto, que altera o eletro, ele tem que ser tratado de forma imediata. O médico do PAM precisa ter condições de fazer um diagnóstico precoce e ajudar a evitar um problema mais sério. Até o cardiologista chegar, pode ser tarde demais. A dor torácica é um problema do médico, e não só do cardiologista”, afirmou.
O objetivo do 1º Simpósio de Cardiologia foi de atualizar os profissionais da saúde e trocar experiências, aprimorando e estimulando o atendimento adequado aos pacientes com diagnóstico de dor torácica.
Para a acadêmica Natália Lima, aluna do 11º período do curso de medicina, a oportunidade foi de grande valia. “Os palestrantes são profissionais que já possuem experiência na área e estão contribuindo muito. É preciso sempre se atualizar. E esse tipo de evento é importante para isso.”
Para o aluno do ‘Sequencial do Curso de Medicina’ Gonçalo Cuba, esse tipo de aprimoramento e reciclagem também é primordial. “Para nós que somos médicos já formados, e cursamos o curso ‘Sequencial’ no UNEC, serve como um ponto de atualização em relação a tratamentos, especialmente sobre síndromes coronarianas, e medicamentos novos que existem em relação a tratamentos. Achei muito importante e interessante os temas abordados. Desde a identificação do quadro, ao tratamento, até a parte terapêutica, medicamentosa, só tem a acrescentar.”
A iniciativa foi abraçada pelo cardiologista do CASU, que também é membro efetivo da SBC, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Silmar Gentil Vasconcelos. “O objetivo é capacitar os profissionais do CASU e abordar um dos temas mais importantes da Cardiologia, que é a dor torácica. Além de atualizar os profissionais para dar um melhor atendimento aos pacientes. Trouxemos pessoas altamente capacitadas para palestrar, e compartilhar o que há de mais novo no tratamento do paciente com dor torácica e infarto agudo do miocárdio, temas que foram discutidos nos principais congressos do mundo. Na Medicina, o que é verdade hoje, amanhã pode ser uma mentira. Então, precisamos sempre nos atualizar.”
Diretora do Instituto de Ciências da Saúde (Incisa) do UNEC, e vice-diretora do CASU, Raquel de Carvalho também comentou sobre o significado do evento e a sua importância para acadêmicos e a instituição. “O simpósio possui uma importante particularidade. Ele vem ser um pilar para abertura do ‘Centro Ambulatorial de Dor Torácica’ do CASU, que é o nosso hospital universitário. Nada melhor do que oferecer o simpósio e capacitar toda a nossa equipe, tanto de médicos, quanto de outros profissionais de saúde, e também contribuir para a capacitação dos alunos, tanto do curso de medicina, quanto dos internatos e de residências, para que estejam atentos às capacitações, e com isso, cumprir a nossa vocação, que é também de implantar o serviço de hemodinâmica, o que irá beneficiar toda a região macroleste do estado.”, concluiu.