INHAPIM – A segurança das crianças que vão para as escolas é uma preocupação dos pais e também de todos os profissionais da educação. Acidentes não avisam quando vão acontecer, mas caso acontecem, é preciso ter uma preparação capacitada para prevenir danos maiores.
Com esse pensamento de proteção, que a secretaria de Educação em Inhapim realizou nessa quarta-feira (27), um curso de capacitação de primeiros socorros para todos os profissionais da rede municipal de ensino.
Segundo a secretária de Educação, Carla Ervilha da Silva Araújo Oliveira, essa capacitação é prevista em lei federal, que é a “Lei Lucas”, que foi sancionada em 2018 pelo presidente Michel Temer, onde obriga as escolas públicas e privadas, de educação infantil e básica, a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros. “Esse curso está sendo ministrado por uma equipe de grande referência na região, e está tendo uma grande abertura e compreensão da necessidade do conhecimento de primeiros socorros. O engasgo como dizem é um dos assuntos tratados em questão, mas nas escolas a gente também encontra questões como crianças com crises convulsivas, sangramentos nasais, cisco nos olhos, fraturas, queimaduras, choques elétricos, entre outros. Esse curso está abrangendo todo esse processo, de como atender essas crianças com calma, tranquilidade para resgatar quem sabe vidas, para que possam ter aquela orientação necessária para o atendimento no momento da emergência. Assim podemos levar dignidade às famílias, às crianças, a calma, e a tranquilidade num momento de grande tensão”, destacou a secretária de Educação.
Aparecida Rosa de Oliveira, diretora da escola municipal Dr. Alípio Fernandes também participou da capacitação e falou da importância desse trabalho. “Trabalhamos com um número grande de alunos, onde os recebemos como nossos filhos e temos quatro horas e meia de contato com essas crianças, de inteira responsabilidade da nossa equipe. São situações que acontecem na escola como fraturas, sangramento nasal, então a gente precisa estar inteirado de como socorrer essas crianças da forma correta. Esse curso está nos fornecendo as técnicas para que a gente possa agir com mais tranquilidade com essas crianças, e com isso passar para os pais também essa segurança e a gente estar preparado para qualquer situação de emergência com os filhos deles”, informou a diretora.
O professor de Educação Física, Ederson Gonçalves da Silva, ressaltou que é um curso de inteira importância para que os professores saibam lidar com o primeiro socorro. “O primeiro socorro é muito importante até a chegada de uma equipe com mais técnica e mais sabedoria para saber lidar com a situação”, disse o professor.
LEI LUCAS
Muitas pessoas não têm conhecimento sobre essa lei, que tem o objetivo primordial de proteger as crianças do ensino infantil e básico de acidentes comuns que podem ocorrer em ambientes escolares.
Em setembro de 2017, um aluno, de 10 anos, chamado Lucas Begalli, faleceu em Campinas (SP) ao se engasgar com um lanche durante um passeio escolar. Depois dessa fatalidade, surgiu um debate sobre a segurança e falta de capacitação em primeiros socorros no ambiente escolar.
A Lei Lucas (13.722/18), que foi sancionada em 2018 pelo presidente Michel Temer, obriga as escolas públicas e privadas, de educação infantil e básica, a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros. Essas instituições devem oferecer cursos que capacitem os professores e funcionários em noções básicas de primeiros socorros. As escolas tiveram 180 dias para se adequar à nova regra, ou seja, desde abril de 2019 ela é obrigatória em todo território nacional. Vale ressaltar que existem penalidades para quem descumprir a lei, podendo ser de multas e entre outros. O objetivo é sempre garantir a maior segurança para os estudantes e saber agir até que a assistência médica especializada chegue no local. Muitos problemas, principalmente cardíacos, acontecem rapidamente, por isso, são necessárias medidas imediatas, e o atendimento deve ser rápido e ágil para aumentar as chances da vítima.