CARATINGA – Na manhã de quarta-feira (1), a gerência do Banco do Brasil promoveu palestra a respeito do Plano Safra. Durante o evento foram apresentados slides mostrando a abrangência do Plano e a gerência aproveitou para apresentar as diretrizes desse projeto que é totalmente voltado para fortalecer a agricultura. De acordo com o gerente Joel, a agência de Caratinga fornece anualmente créditos no montante de R$ 100 milhões aos produtores, mas tem potencial para chegar a R$ 135 milhões, daí a necessidade de divulgação desse Plano.
O Plano Agricultura e Pecuário 2016/2017 destina R$ 185 bilhões de crédito aos produtores rurais brasileiros investirem em custeio e comercialização. O plano foi disponibilizado em 1º de julho de 2016 e se estende até 30 de junho de 2017. Os interessados devem procurar a agência do Banco do Brasil, em Caratinga. Ela está situada à Praça Cesário Alvin, 32 – Centro.
Segundo a gerência, com mais políticas públicas chegando ao rural brasileiro, os agricultores e as agricultoras familiares têm conquistado segurança, respeito e autonomia. “A agricultura familiar desempenha um papel central na estratégia de superação da fome e na segurança alimentar do País, sendo a principal produtora de comida para o campo e a cidade”.
Neste Plano Safra, está sendo apresentada uma estratégia construída com participação de jovens rurais de todo o País: o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural. “Apresentamos diversas medidas para seguir impulsionando o desenvolvimento de um Brasil rural, sustentável, justo e cheio de oportunidades para todas e todos. O Brasil rural que nós acreditamos”.
As operações de custeio e comercialização com juros controlados contarão com R$ 115,6 bilhões. Os juros foram ajustados sem comprometer a capacidade de pagamento do produtor, com taxas que variam de 9,5% a 12,75% ao ano. Já os juros para agricultores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) são de 8,5%. Para os programas de investimento, o governo federal destinou R$ 34,045 bi.
INOVAÇÕES
O Plano Agrícola e Pecuária 2016/2017 trouxe inovações e estabeleceu o limite único de custeio de R$ 3 milhões por beneficiário por ano agrícola. Deste total, no primeiro semestre do plano (1º de julho a 31 de dezembro de 2016) podiam ser aplicados no máximo 60% e o restante no segundo semestre (1º de janeiro a 30 de junho de 2017). Já para a comercialização, o limite aprovado foi de R$ 4,5 milhões por produtor. Para investimento, o teto permaneceu inalterado em R$ 430 mil reais por beneficiário.
Na pecuária de corte, a aquisição de animais para recria e engorda deixou de ser considerada investimento e passou para a modalidade de custeio. A mudança proporcionou ao produtor mais recursos e agilidade na contratação do crédito.
O Programa de Modernização à Irrigação e Cultivos Protegidos (Moderinfra), por sua vez, prevê incentivos à aquisição de painéis solares e caldeiras para geração de energia autônoma em áreas irrigadas. O valor programado é de R$ 550 milhões.
O plano ainda elevou, de R$ 40 mil para R$ 320 mil, o limite para financiamento de estruturas de secagem e beneficiamento de café, por meio do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Ao todo, o Moderfrota tem programado R$ 5,050 bilhões.
Também foram renovados para a temporada os programas de investimento para construção de armazéns (PCA), inovação e modernização tecnológica na agropecuária (Inovagro e Moderagro) e os destinados às cooperativas (Prodecoop e Procap-Agro).