Projeto piloto de cultivo de manga Palmer ocorreu com incentivo da Secretaria de Agricultura
CARATINGA- Frutos grandes de polpa lisa e suculenta. Doçura e frescor ao alcance do consumidor. A manga é considerada a fruta do verão e está entre as preferências dos brasileiros, sejam para sucos, saladas ou até mesmo saborear a própria fruta.
Muitos produtores têm optado por esse tipo de plantio, pois a mangueira tem cultivo fácil, capacidade produtiva e crescimento rápido, caso haja o manejo correto e cuidados necessários. Atento às exigências do mercado, o produtor rural, José Liberato da Silva, viu a oportunidade para dar início a uma nova modalidade de negócio. Em seu terreno, que possui a extensão de 12 mil metros, ele cultiva 100 pés de manga Palmer. Na tarde de ontem, ele conversou com o DIÁRIO DE CARATINGA e exibiu com orgulho a sua primeira colheita das frutas.
Há dois anos o produtor recebeu uma equipe da Secretaria de Agricultura, coordenada pelo técnico em Agropecuária, Ciro Ferreira de Vasconcelos, que avaliou o seu terreno e trouxe a proposta de desenvolvimento de um projeto piloto. “Fizemos análise de solo, colocamos calcário para correção do solo, orientamos a cultivar, adubação de plantio e todos os manejos necessários para o pomar. Participamos de encontros na Universidade Federal de Viçosa para agregar ainda mais conhecimentos no assunto”, lembrou Ciro, que fez questão de verificar os frutos colhidos no local.
Ciro acrescentou a escolha da manga Palmer e suas características, apresentando um produto de qualidade e diferenciado. “Nessa primeira catada, um pé pelo outro está dando uns 50 frutos. Essa manga é Palmer que tem melhor aceitação para a mesa, consumo in natura, não pós-esmagamento da extração da polpa, é mais resistente, ela não é tradicional”.
José, que pretendia dar início à plantação de abacate, mas mudou de ideia e decidiu arriscar na manga, afirma que não se arrepende. Com os bons resultados, a intenção é ampliar a produção. “Quando plantei esperava que fosse demorar uns três a quatro anos para começar a produzir e mesmo assim pouco. Essa com dois anos já produziu isso tudo. Estou surpreso. Pretendo completar o terreno com a manga. Essa manga é oriunda do nordeste, lá mandam para o mundo todo. Agradeço a orientação, incentivo”.
O produtor agora tem foco no mercado e afirma que a intenção é ver as mangas produzidas em sua propriedade, expostas nas gôndolas dos supermercados da cidade. “Não perde em nada para as mangas do nordeste”, garante José.