Principais destaques dos jornais integrantes da Rede Sindijori MG
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Expominas JF gera prejuízo
Instalado às margens do km 790 da BR-040, o Expominas Juiz de Fora é considerado uma espécie de “elefante branco” para o Estado de Minas Gerais. Isso porque, após duas tentativas de concessão à iniciativa privada, o espaço segue gerando prejuízo milionário, na casa dos R$ 58 mil por mês, ao Poder Público. O valor, quando projetado ao ano, totaliza pouco mais de R$ 694 mil. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), responsável pela administração do Expominas Juiz de Fora, mensalmente o equipamento gasta com manutenção, funcionários e energia elétrica, R$ 113.737. Em contrapartida, os eventos sediados no local geram uma receita de, aproximadamente, R$ 55.900 ao mês. (Tribuna de Minas – Juiz de Fora)
Transporte terá redução em Formiga
A Câmara de Formiga aprovou, durante a reunião ordinária de segunda-feira, 19 de dezembro, o Projeto de Lei que autoriza o Município a conceder repasse financeiro de R$ 1.047.136,15 à Viação Formiga, o que ajudará no custeio do serviço de transporte público coletivo urbano e propiciará a redução do valor da passagem, que passará de R$ 5 para R$ 3,90. Em nota, a Câmara destaca que “há muito tempo busca soluções para que os cidadãos possam pagar um preço mais acessível pelo transporte coletivo”. (O Pergaminho – Formiga)
Secretaria faz ações para Lgbtqia+
Foram realizadas em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Congonhas, ações voltadas para proporcionar o bem-estar da população Lgbtqia +. O evento foi uma realização da Secretaria de Saúde em parceria com a Atenção Primária do município. As atividades contaram com palestras e rodas de conversas sobre questões da comunidade e suas diversidades. Além disso, houve a ampliação da oferta de serviços: consultas de enfermagem e médica, check-up, realização de testes rápidos, coleta de citopatológico e atualização do cartão de vacina. (Correio Online – Conselheiro Lafaiete)
Câmara teve 2 mil atendimentos
O SAJ (Serviço de Assistência Judiciária) é um departamento criado pela Câmara Municipal de Formiga com o objetivo de oferecer suporte judiciário aos cidadãos de baixa renda. Ao longo dos anos, o SAJ foi sendo aprimorado, visando aumentar a quantidade e a qualidade dos serviços prestados. Em 2022, além de oferecer assistência judiciária, o SAJ aumentou consideravelmente o número de atendimentos. De 1º de janeiro a 16 de dezembro deste ano, foram mais de 2.000 atendimentos realizados, sendo 1.953 na área cível e 183 na criminal. (Últimas Notícias – Formiga)
Trem de passageiros tem circulação suspensa
O trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas teve sua circulação temporariamente suspensa nos dois sentidos devido aos efeitos da chuva intensa, que ocasionou deslizamentos de terra em áreas próximas à ferrovia. A medida visa garantir a segurança das pessoas. A informação consta em nota enviada pela Vale. Um dos deslizamentos ocorreu no trecho da Estrada de Ferro em Colatina, no Norte do Espírito Santo. Uma encosta cedeu e entupiu um trecho da ferrovia. No começo do mês, até o dia 15, as viagens de trem já tinham ficado suspensas também por causa de problemas atribuídos aos efeitos da chuva, o que volta a se repetir agora. (Diário do Aço – Ipatinga)
Prefeitura debate Plano Diretor
A Prefeitura de Juiz de Fora realizou uma audiência pública para debater com a sociedade civil as diretrizes para a elaboração do Plano Diretor Participativo de Juiz de Fora. No encontro, que aconteceu pela manhã, no Teatro Paschoal Carlos Magno, a PJF apresentou o projeto elaborado de forma participativa pelo Município sob a responsabilidade técnica da Secretaria de Planejamento Urbano. O encontro teve início com uma explanação da prefeita Margarida Salomão, que discursou sobre os desafios para a construção de “uma cidade para todas e todos”. (Tribuna de Minas – Juiz de Fora)
Itabirito investe na qualificação
Investindo em qualificação profissional e geração de renda, a Prefeitura de Itabirito, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, ofertou no segundo semestre deste ano sete cursos de capacitação de curta duração em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai. Graças às capacitações, cinco alunos já garantiram vagas no mercado de trabalho antes do término das aulas. A oferta de cursos ocorreu com base no resultado da pesquisa realizada entre os meses de junho e julho com o objetivo de identificar perspectivas sobre o futuro profissional e a demanda de cursos de qualificação profissional no município. (O Liberal – Itabirito)
439 famílias recebem a casa própria
Quatrocentos e trinta e nove famílias de baixa renda da cidade de Ituiutaba, em Minas Gerais, receberam a casa própria. O loteamento Nova Ituiutaba IV integra o Programa Casa Verde Amarela e vai atender mais de 1,7 mil pessoas. O residencial recebeu R$ 38,4 milhões em investimentos federais, sendo mais de R$ 26,3 milhões da contratação inicial e R$ 12 milhões de recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para a retomada das obras. (A Folha Regional – Muzambinho)
Jogos arrecadam mais de R$ 56 mil
Os Jogos Solidários 2022 chegaram ao fim. Foram 52 dias de evento, envolvendo mais de 1.800 participantes diretos e 22 instituições. O evento é uma realização da Secretaria Municipal de Esportes, em parceria com a Secretaria Municipal de Promoção Social, ACIA – Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Poços de Caldas, Unimed, Associação Atlética Caldense e Lorenzetti. Este ano, foram arrecadados, por meio da inscrição de atletas, com apoio de empresas, um total de R$ 56.550,00 durante a competição. (Mantiqueira Online – Poços de Caldas)
ARTIGO
Você tem um lago de patos?
Não, querido leitor. Não estou lhe perguntando se você mora na zona rural e tem um lago ou uma represa perto de sua casa. Não, não é isso. A ideia do “lago de patos” é uma metáfora, e espero que, até ao fim desse texto, o querido leitor venha a entender essa metáfora, e compreender a importância de se ter um “lago de patos” para si.
A ideia do “lago de patos” vem diretamente de um livro que eu li há uns oito, ou nove, anos atrás e, eu sei que, ao dizer o nome do livro, muitos serão aqueles que, imediatamente, compreenderão a ideia que dá título a esse artigo.
O livro em questão se chama “O Oceano no Fim do Caminho”, e foi escrito por Neil Gaiman (autor de Sandman, Coraline, Deuses Americanos, Lugar Nenhum, entre outros). O livro é classificado como infanto-juvenil, mas contém camadas que vão muito além dessa classificação.
Sem querer dar spoilers, e indo direto ao ponto, o livro conta a história de um menino de sete anos que tem uma relação de amizade com uma garota que mora perto de sua casa, chamada Lettie Hempstock, que mora com sua mãe e avó. Mas, existe algo de especial com Lettie e sua família: elas são bruxas. E Lettie jura que o lago de patos no fundo de sua casa é um oceano.
O livro se desenrola ao longo dessa amizade, e na luta dessas duas crianças contra um estranho inimigo que aparece ao decorrer da história. Sendo a vida desse menino inteiramente marcada por essa amizade e pelas coisas que aconteceram nesse período de sua infância.
Como consequência de todas as suas aventuras, uma personagem importante acaba se sacrificando, dando sua vida em prol do menino, o personagem principal do livro – que, pasmem, não tem seu nome revelado em lugar algum do livro -, e que agora “repousa” dentro desse lago de patos, o oceano de Lettie Hempstock.
Os anos se passaram para esse garoto, sua vida seguiu e, em todos os momentos importantes de sua vida, a cada acontecimento marcante, ou decisão importante, ele pegava seu carro (mesmo tendo mudado para uma cidade distante) e dirigia, sem perceber, até ao lago de patos e, ali, contava, “ao vento”, todos os seus dramas, problemas, e decisões a serem tomadas. Como exemplo, nosso personagem dirigiu ao lago de patos quando seus filhos nasceram, foi até lá quando se separou de sua mulher e, no momento atual em que ele está, ele retorna a sua cidade natal e, consequentemente, ao lago de patos, por ocasião da morte de seu pai. Em todos os momentos importantes de sua vida ele vai até ao lago de patos, tão importante em sua infância.
Para resumir, em sua última visita, ele pergunta à senhora Hempstock, a mãe de Lettie, o “porquê” de ele ir até aquele lago em todos aqueles momentos importantes, e o porquê de ele sempre relembrar e recontar toda a sua vida ali, diante do lago. Onde a senhora Hempstock diz que ele vai até ao lago e fala sobre a sua vida porque a personagem que se sacrificou por ele o “chama” e quer saber se seu sacrifício pela vida dele valeu a pena. A personagem no fundo do lago quer “saber” o que ele tem feito com a oportunidade que foi dada à ele por ela.
Então, todas as vezes, diante daquele lago de patos, nosso personagem sempre relembrava sua história, contava seus medos, suas angústias, relembrava seus momentos bons e ruins, expunha seus medos, suas angústias, suas aflições, todas as suas perdas e suas conquistas. Cada momento importante de sua vida, bom ou ruim, era relembrado enquanto ele estava assentado diante do lago de patos, diante do “oceano” de Lettie Hempstock.
Levando em conta tudo o que nos aconteceu no decorrer do ano que se passou e, tomando a ideia do “lago de patos” como uma metáfora, acredito eu que todos nós precisamos de ter um “lago de patos” em nossas vidas.
Todos nós precisamos ter um lugar onde possamos nos recolher dentro de nossa mente, dentro de nosso íntimo e, ali, pensarmos em nossas ações, pensarmos em tudo que já nos aconteceu, em todos os acontecimentos importantes de nossas vidas. Um lugar onde possamos nos recolher e, em nosso mais profundo íntimo, tentar responder essa inquietante pergunta: nossa vida tem valido a pena? A forma que temos vivido tem valido a pena? Estamos, verdadeiramente, aproveitando da melhor maneira possível a oportunidade que nos é dada a cada manhã, a cada nascer do sol?
Precisamos de um “lago de patos”, seja ele o aconchego de um fiel ombro amigo, de um amado familiar, seja o consultório do terapeuta, o escritório do pastor, ou o confessionário do padre, ou, como diz o Evangelho, o nosso próprio quarto, de portas fechadas, em secreto, falando a Deus que, em secreto, nos vê e nos ouve. Não importa. Seja qual lugar for, é importante que tenhamos um lugar para olhar para dentro de nós mesmos, para analisarmos e julgarmos nossas próprias ações, um lugar onde possamos analisar nossa vida, nossas escolhas, nossa história, e a forma como todas as coisas nos afetam. Um lugar onde podemos contemplar a nós mesmos, sem medo e sem máscaras, e nos questionar se as nossas ações, nossas decisões, e a nossa vida como um todo, tem realmente valido a pena.
Que venhamos aproveitar o fim de mais um ano para repensarmos nossa história e, depois de repensar nossas vidas, que venhamos a ser pessoas melhores durante o novo ano que está prestes a iniciar e, quando percebermos que estamos nos desviando do propósito de sermos pessoas melhores, que venhamos dar um passeio em nosso “lago de patos” e, ali, sozinhos, repensarmos a nossa vida e nossas ações, respirar fundo, e voltar ao plano inicial, sempre que isso for necessário.
Que o próximo ano seja realmente “novo”, para todos nós!